Ele perdeu tudo, sua família, parte de seu corpo, sua dignidade, apenas uma pessoa foi causadora de sua dor e ainda assim, ele foi tido como o grande vilão.
Bastou apenas um olhar para ela, que se tornou obcecado.
Gancho faria tudo para tê-la, até...
Pessoal minha saúde está na mesma, estou tentando me cuidar. Voltarei a postar aos poucos.
Então por favor peço compreensão, deixando claro que qualquer falta de respeito para mim e outras leitoras aqui nos comentários, a pessoa será bloqueada e a mandarei para o inferno.
Para quem não leu os avisos, não posso fazer nada.
Amo vocês. ❤️
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O tapa forte em minhas costas me faz ofegar de dor; por pouco, não caio direto no mar. O medo me toma por inteira. Pela primeira vez na vida, me sinto impotente de verdade, sem saber como me defender.
— Seu bastardo maldito! — Willy berra fora de si, tentando se soltar dos três homens que o seguram, assim como o pobre Larry.
— Covarde maldito, solte-a! — Larry, mesmo sendo baixinho, explode de raiva, tentando sair dos braços dos homens que o seguram.
A prancha balança sob meus pés, e o som do mar agitado ecoa como uma melodia macabra. Willy, Larry e eu estamos à mercê da cruel decisão de Harold e seus comparsas. O desespero no olhar deles reflete o mesmo pavor que sinto.
— Não ousem interferir! — Harold rosna, apontando a espada para Willy e Larry. A decisão está tomada, e o destino parece selado.
— Deixe-os em paz! — o grito apavorado escapa dos meus lábios.
— Ah, é mesmo, sua meretriz, me dando ordens?! — ri, me chamando de algo que nunca ouvi falar.
— Tenha respeito, seu velho maldito! — Larry, o baixinho amigável, também me defende ao lado de Willy e o senhor que sempre se treme ao me ver.
Larry, o homem doce, leva um soco de um dos companheiros de Harold, me assustando. Sinto meus olhos se enchendo de lágrimas ao notar que esse homem está falando muito sério em me machucar. Nunca vi um olhar de ódio antes, não do tamanho que vejo nos olhos desse ser desprezível.
— Respeito, esse ser desprezível não merece nada, muito menos respeito! — Harold cospe no chão, perto dos meus pés.
A constatação que vem à minha cabeça me deixa gelada no lugar; esse homem sabe quem eu sou. Por isso, desde que cheguei, ele foi o mais hostil comigo, sempre me encara de canto de olho, cheio de fúria e asco, quando pensa que ninguém está percebendo.
Antes, achei que poderia ser coisa da minha cabeça fantasiosa, mas agora, cara a cara, vendo a forma como me olha, evita me tocar após ajudá-lo, eu simplesmente sei.
O pavor e o medo me tomam; fico sem reação enquanto o sorriso cruel toma o rosto do ancião; ele parece perceber que enfim sou o motivo de seu ódio desmedido por mim.
