3: Fada, fadinha

520 47 188
                                    


Dá like e comenta essa porra, eu não perco horas escrevendo pra' você passar reto, vadia!

Alerta de gatilho: descrição de ataque de pânico.

O único paraíso para onde serei enviadoSerá quando eu estiver sozinho com você Posso ter nascido doente, mas eu amo issoOrdene-me que eu me cure

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O único paraíso para onde serei enviado
Será quando eu estiver sozinho com você
Posso ter nascido doente, mas eu amo isso
Ordene-me que eu me cure

Hozier, em Take me to church

• • •

• DAMIANO RUSSO •

Cruzo as portas de entrada da empresa pela segunda vez. Após dois dias me organizando e terminando os trâmites de transferência de ações para o meu nome, Maurice finalmente liberou um escritório para mim.
Quinze por cento das ações não é muito, porém, em uma empresa do porte da LeBlanc, é o suficiente para fazer um bom estrago.

Minha intenção não é só essa, vai muito além. Só estou sendo modesto.

Com uma mão no bolso da calça de alfaiataria e outra segurando a maleta, avanço para o elevador executivo. Muita gente me olha com estranheza, afinal, não passo de um intruso que está prestes a virar suas vidas de cabeça para baixo, mas não me acanho. Faço questão de não desviar o olhar do meu foco e tudo sairá como há muito venho planejado.

Dentro da caixa metálica, eu aperto o botão do penúltimo andar, este onde o maldito indicou como sendo o meu. Um andar antes do dele, um passo antes dele, como se eu merecesse. Ele merece o que eu quero e vou fazer. Merece isso e muito mais.

As portas duplas vão se fechando e eu fico satisfeito por não ter que compartilhar a viagem até lá acima com nenhum sócio metido a importante. Priorizo muito a minha individualidade e solitude.

— Ei, ei...não deixe fechar, por favor...

Porém, me dou conta de que falei cedo demais quando uma mão feminina de dedos finos e unhas alongadas em bege surge entre as portas, impedindo-as de se fechar.

Dou um suspiro derrotado e me afasto para que a mulher possa entrar.

— Obrigada por travar a porta — a voz intrusa diz, claramente irônica, pois, eu não movi uma palha para que as portas não se fechassem.

Queria mais é que ela tivesse perdido o elevador para que eu pudesse ir sem o cheiro enjoativo e excessivamente doce do seu perfume.

— Não agradeça, não foi nada — devolvo no mesmo tom.

Ela bufa e se posiciona ao meu lado, clicando no botão do último andar. A fito com atenção, mas o seu cabelo cobre grande parte do seu rosto, com a exceção do nariz pontudo e sardento.

Dominados Pelas Sombras|+18Onde histórias criam vida. Descubra agora