Capítulo 48 - Doce Retorno

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Publicado em: 02/12/2023

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KAOJAO

Depois de finalmente estarmos juntos de todas as formas, meu coração parecia mais leve, com espaço apenas para o imenso amor que eu sentia por P'Sky, não havia mais insegurança ou medos. Eu compreendi o tamanho de seu amor por mim o que me permitia ser quem eu sou e tomar posse do que me foi dado pelo destino, então tudo bem... Eu me tornar um pouco manhoso ou possessivo, nós estaríamos bem. E, foi nesse clima que passamos o final de semana ajudando nossos amigos ,Toh e P'Nuea, a enfrentarem os pais do menor. Nossa comitiva do quarteto inseparável teve o acréscimo, além de P'Nue, que era o centro da missão, do P'Sky que se recusou a me deixar ir sozinho, vieram de reforço P'Tor e P'Intouch, que tornaram tudo mais interessante.

E, apesar do início nebuloso, o final de semana acabou sendo um completo sucesso, pois P'Nuea obteve aprovação para seu namoro, Som teve crise de ciúmes e, teve que admitir seus sentimentos por P'Tor e, o que me deixou mais aliviado, foi que P'Intouch, conseguiu trazer Daisy de volta, dando fim as suas preocupações e, declarando abertamente seus sentimentos. Para fechar com chave de ouro nossa estadia, os pais de Toh resolveram realizar o Casamento de Mãos para todos nós. Eu conhecia a tradição, que era uma cerimônia para consolar e abençoar uma pessoa, fazendo com que adultos amarrassem seu pulso com um fio sagrado, mas nunca me imaginei em uma dessas. Emocionados, eu e P'sky fomos o segundo casal a receber a benção.

- Certo... Não vou tocar suas bochechas agora! - A mãe de Toh me avisou com um sorriso enquanto pegava o braço de P'Sky, se referindo ao meu ataque de ciúmes quando , me deixando totalmente sem jeito. - Em vez disso, estou amarrando seu pulso. - Ela colocou o fio . - Cuidem um do outro , aprenda a perdoar e esquecer. - Ela amarrou o meu em seguida. - Para N"Jao, tente não fazer caretas para outras pessoas quando não estiver feliz com elas, tente não pensar demais, não brinque muito ou as pessoas vão te entender mal e, isso trará problemas desnecessários, entendeu? - Ela falou com firmeza e, como boa observadora das pessoas, pois suas palavras nos atingiram profundamente.

Após a cerimônia nos despedimos dos pais do meu amigo com um forte abraço de gratidão, por nos receberem, nos aceitarem e nos apoiarem em nossa jornada de vida. Quando nosso transporte chegou eu ainda estava borbulhando com tanta emoção, estava feliz por mim e por meus amigos. P'Sky me vendo tão sonhador, logo veio recolher minhas coisas para guardar no carro. Meu P'Sky é sempre muito atencioso e, eu quis dividir com ele toda aquela euforia que estava transbordando em mim, então o puxei para a frente do carro para conversarmos, enquanto os outros guardavam seus pertences. Mesmo confuso, meu namorado me seguiu, aguardando paciente que eu derramasse tudo.

- P'Sky, você os viu? - Eu falei saltitante, quase não me contendo dentro de mim mesmo.

- Humm... Veja o quê? - P'Sky me perguntou confuso, tenho que admitir que as vezes eu poderia ser incoerente , minha agitação me iludia de que as pessoas leriam a minha mente, isso era um caso a parte.

- Toh e P'Nuea, claro! - Falei como se fosse óbvio como o ar que respiramos. - É tão bom que P'Nuea seja aceito pelos pais de Toh, não é? - Coloquei para fora meu pensamento em relação ao bom fechamento da nossa missão, onde ao contrário do que imaginamos, saíram todos vivos.

- Você estava torcendo para eles ao lado? - P'Sky sorriu conhecedor daquele sentimento que eu nutria.

- Não, eu não estava... - Fiquei envergonhado. - Oh... Eu só estou feliz que a família de Toh agora recebe P'Nuea. - Confessei, aquele realmente era um final/inicio feliz para meus amigos e, P'Sky me olhou com uma cara engraçada como se tivesse pensando em algo mirabolante em sua ousada mente travessa.

- N'Jao você está livre neste sábado? - P'Sky perguntou com olhos brilhantes, algo mexia com seu bom espírito.

- Sábado?! Humm... - Eu parei para pensar um pouco sobre meus compromissos. - Sim, eu estou. O que é isso, P'Sky? - Questionei já empolgado, o quê quer que fosse que P'Sky tivesse em mente, deveria ser muito bom para que estivesse tão animado.

- Vamos conhecer minha mãe! - P'Sky declarou diretamente, com a máxima empolgação, como se tudo aquilo fosse a coisa mais simples e natural do mundo.

- Ham?! - Eu exasperei atordoado, recebendo aquela bomba de uma única vez , sem nenhuma preparação previa. E, eu fiquei confuso de como minha felicidade terminou virando um desespero?

Eu queria argumentar, tentar fazer P'sky entender que aquele não era um simples passeio, que minha alegria por nossos amigos não queria dizer que estava pronto para passar pelo mesmo processo, mas eu não encontrava palavras, apesar de ter a certeza de que meus olhos arregalados transpareciam exatamente aquele pensamento e, meu maravilhoso namorado resolveu ignorar solenemente. E, meu raciocínio ainda estava congelado quando nossos amigos começaram a nos gritar para irmos embora, implicando por nosso momento a sós , sem saber todo o peso que eu estava sentindo naquele momento em meu coração. Impotente eu só podia olhar para P'Sky, rezando para que tenha piedade de mim.

- Venha ... - P'Sky, animado como sempre me puxa. - Vamos voltar correndo para Bangkok para ver minha mãe! - Ele me empurra como se essa notícia fosse realmente me animar.

Voltamos para Bangkok com minha dificuldade de imaginar um cenário bom para tudo aquilo, já sabendo que seria impossível remover aquela decisão de P'Sky, no momento, eu só poderia rezar para que as coisas terminassem bem.

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