Capítulo 34: Problemas

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Vitória ficou insegura, pois não conhecia o garoto, mas preferiu acreditar no fato de que Petra não iria fazer outra armadilha, afinal, já tinha aprendido muito bem a lição.

Fábio parecia estar triste, e Vitória queria tentar ajudar. Ficaram na mesa conversando enquanto bebiam. Ele tinha se animado um pouco, se divertiram bastante, passaram de desconhecidos para amigos, mas obviamente não contou nada, por ainda estar com medo e traumatizada da última vez por ter confiado em alguém, preferia esperar e criar mais alguns vínculos, mas as primeiras impressões tinham sido muito boas.

Quando estavam se despedindo, Vitória perguntou para Fábio se iria vê-lo de novo:

- Muito obrigado, você animou minha noite.
- Que bom, fico feliz que tenha gostado. E aí?
- O que?
- Vamos nos ver de novo algum dia?
- Eu gostei muito de você.
- Então é um sim?
- Com certeza.

Vitória ficou muito feliz com a confirmação, não tinha acontecido nada de mais, foi uma noite normal, mas tinha gostado muito de Fábio, e sentiu que ele também, tanto que ficou na boate até quase fechar.

O dia seguinte estava ocorrendo normalmente.

Na hora da boate abrir, todos estavam prontos, Petra, Vicente e D'ávila no balcão e as garotas dançando no palco, quando começaram a entrar os clientes. Vitória olhava para a porta para ver se via Fábio, e para a sua surpresa ele foi um dos primeiros clientes a entrar. Ela desceu do palco no mesmo instante e foi recebê-lo, tanto que nem se importou com o olhar mortal que Petra estava lançando para ela, pois eram os clientes que escolhiam e chamavam as garotas, não o contrário.

Vitória recebeu Fábio com um abraço, que o abraçou de volta, e depois foram para uma mesa:

- Você voltou!
- Eu disse que voltaria.
- Não imaginava que fosse tão cedo.
- Eu gostei de você, conversei coisas que eu não conversaria com ninguém, me ajudou muito.
- Obrigada, fico feliz por ter ajudado. Você mora na Turquia? Não é muito comum ver brasileiros aqui, foi sorte encontrar você.
- Moro sim. Eu sou brasileiro, mas tenho negócios aqui na Turquia, então minha família está aqui.
- Entendi.

Durante a conversa, a música da boate aumentou, som de batidas, que se juntavam com as luzes e os flashes do local, e com o barulho dos outros clientes.

Já que a boate estava bem cheia, com todo o barulho e as distrações não estava dando mais para ouvir um ao outro, então Fábio sugeriu que fossem para o quarto, mas sem segundas intenções:

- Vitória, você não acha melhor nós irmos para o quarto? Tem muito barulho aqui.
- T-tá bom.
- Não vou fazer nada que você não queira.
- Ok, vamos sim. Obrigada.

Fábio levantou-se da cadeira e foi até o balcão para pagar pelo quarto. Petra que estava no balcão, Vicente e D'ávila estavam distraídos com seus trabalhos. Enquanto pegava a chave e o cartão do quarto, Vicente se distraiu do computador e olhou para frente, e quando viu Fábio o reconheceu na hora:

- Fábio?
- Vicente?
- Oi, Fábio! Quanto tempo! Não te vejo desde que estudávamos fora.
- Verdade, meu amigo. Tudo bem com você?
- Tudo. Você mora na Turquia agora?
- Moro sim. E você? Trabalha aqui?
- Estou morando por um tempo. Minha namorada que é a dona disso tudo.
- Que legal! Assim podemos nos ver mais vezes. Vamos marcar um dia para sair.
- Vamos sim. Deixe-me apresentar a Petra minha namorada.- Falava Vicente puxando Petra para apresentá-la para Fábio.
- Petra Rossi?
- Oi? sim... Fábio?! Quanto tempo!- Falava Petra se virando e reconhecendo Fábio.
- Ué? Vocês se conhecem?
- Nós ficamos por um tempo.- Disse Fábio.
- Ata.- Falou Vicente sem graça.
- Você continua linda, Petra! O tempo só te faz bem.
- Obrigada. Você também está ótimo.
- Então você é a cafetina que cuida disso tudo?
- Sim, é uma coisa pequena, um passatempo. Desculpe. O que você queria mesmo? Não lembro mais.
- Um quarto para mim e para aquela garota ali.- Falou Fábio apontando para Vitória na mesa.
- A loira?- Falava Petra olhando para Vitória.
- Sim. Por quê?
- N-nada. Aqui está o cartão da suíte.
- Ok, obrigado. Prazer em revê-la.- Acenou Fábio indo embora.

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