único.

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Agarrado ao corpo de seu marido, com o nariz enfiado entre o pescoço do mesmo, se segurando para não respirar mais uma vez e acordar o garoto a sua frente, o que era um trabalho bem difícil para Cellbit.

Se encontrava nessa situação pois, Roier tinha inventado de brincarem juntos na chuva com as crianças, e acabou arrastando seu marido junto. Só não sabia que Cellbit tinha a imunidade tão baixa assim, deixando o loiro com um resfriado forte naquela madrugada.

Seu nariz estava avermelhado, suas orelhas sensíveis a qualquer som alto demais para si, sentia uma pequena falta de ar por conta do resfriado, que impossibilitava um pouco o mais velho de respirar, sua pele estava quente e sentia mais frio do que o normal, mas estar agarrado nos braços de Roier e usando seu moletom resolvia pelo menos um pouco.

Também não gostava nem um pouco de remédios, não queria acordar Roier porquê sabia que ele iria lhe fazer tomar remédios demais e ainda daria um banho gelado nele, de fato o híbrido não queria isso. O universo não parecia estar jogando ao seu favor, não quando sentiu seu marido o abraçar mais forte e encostar minimamente o rosto em sua bochecha.

Ele quase que de imediato notou a febre do amado, esse que tentou fingir não estar acordado, fechando os olhos com força quando Roier lhe cutucou.

- ¿Está bien mi amor? - a voz um pouco rouca questionou, junto de um carinho no rosto de seu marido adoecido, qual concordou com a cabeça - hace calor...

- Isso é coisa da sua cabeça, guapito - tentou fugir do assunto, sua voz diferente pelo nariz constipado. O espirro que estava segurando a horas, sendo liberado após a fala, ativando um alerta na mente do mexicano - droga...

- Gatinho, você tá resfriado? - usava seu tom mais doce para convencer o marido de não mentir, ainda fazendo um carinho gentil no rosto quente do híbrido, agora recebendo um sinal de concordância -  ah, meu amor, desculpe por ter te arrastado pra chuva...

- Tudo bem, você só precisa ver se os meninos não estão assim também - respondeu, ainda encolhido na cama de casal.

- Eu vou lá, não saia daqui, ok? Você quer algum remédio? - Cellbit negou com a cabeça, recebendo um beijinho na bochecha antes do marido sair do conforto das cobertas.

Roier caminhou até o quarto onde seus filhos dormiam, os pequenos híbridos de dragão pareciam tranquilos e saudáveis. Não confiava apenas na sua vista, então verificou a temperatura de cada um com total delicadeza para não acordar os pequenos, principalmente pepito, que era um bebê bastante sensível.

Ao ter certeza de que seus filhos estavam bem, retornou ao quarto que dividia com seu marido, encontrando o mesmo mais encolhido ainda nas cobertas, deixando uma risada escapar ao ver a cena fofa. Se aproximou do corpo maior, cutucando mais uma vez ele com cuidado.

- Não quer nem tomar um banho, carinõ? - o carinho voltou, Cellbit não tinha tanta certeza se queria sair do ninho quentinho em que estava - não precisa ser gelado, pode ser morno também... só pra você não dormir com essa sensação ruim, hm? - sentia como se falasse com uma criancinha, já que seu marido estava agindo como uma.

- Vai me deixar com frio, não quero - respondia, sua voz tão arrastada quanto, apenas querendo que Roier se deitasse com ele de novo. E assim ele fez, deitando o mais grudado que conseguia de Cellbit, sentindo-o deitar por cima dele e descansar a cabeça em seu peito. Roier iniciou um cafuné em seus fios loiros, preocupado demais para pegar no sono.

O quarto parecia ficar cada vez mais aquecido e confortável, Cellbit não conseguia dormir por conta da agonia que sentia pelo nariz constipado, mas aproveitava cada beijinho e carinho que recebia de Roier. Suas mãos afagando delicadamente os fios loiros e sedosos, enquanto seu peito abrigava o homem mais velho, que parecia tão pequeno e indefeso nessa situação. Tentava não tocar tão próximo de suas orelha felinas, com medo de que estivessem tão sensíveis a ponto de causar dor em seu gatinho.

𝗿𝗲𝘀𝗳𝗿𝗶𝗮𝗱𝗼 ( 𝗀𝗎𝖺𝗉𝗈𝖽𝗎𝗈 )Onde histórias criam vida. Descubra agora