* 2 capitulo *

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Nada levou com ela a nao ser um anelzinho, presente dos pais, uma bisnaga de pão, no casa de sentir fome, uma jarra - d'água, no casa de sentir sede, e uma banqueta, no caso de sentir cansaço. E assim lá se foi, e andou e andou e viajou até que chegou no ao final do mundo. Foi então ao sol, mas o sol precisa por demais quente e fogoso. Então correu rapidamente para a lua; mas a lua era fria e gelada [...].
A menina então fugiu bem depressa até chegar nas estrelas. E as estrelas foram gentis e amáveis para com ela, e cada uma sentava - se e foi até ela em sua própria banqueta; mas então a estrela da manhã levantou-se e foi até ela e lhe deu um pedacinho de madeira, dizendo:
-Se não tiveres contigo este pedacinho de madeira, não poderás destrancar o castelo, que fica na montanha de vidro, onde moram os teus sete irmãos.
A menininha pegou o pedacinho de madeira, enrolou-se num paninho e partiu novamente, até alcançar a montanha de vidro [...].
Na entrada do castelo, um anãozinho dela se aproximou perguntando:
-O que buscas?
-busco os meus irmãos, os sete corvos --- ela respondeu.
Aí o anão lhe disse:
-Meus senhores não se encontram em casa, mas se puderes esperar até que voltem, por favor, queria entrar.
Ora, o anãozinho estava preparado o jantar dos corvos, e trouxe a comida em sete pratinhos e a bebida em sete copinhos, e tudo arrumou sobre a mesa. E de cada pratinho a irmã mordiscou um bocadinho, e de cada copinho bebeu um golinho; mas deixou cair o seu anel no ultimo capo.
Súbito, ela ouviu um esvoaçar e em crocitar pelos ares e o anão anunciou:
-Eis que chegam os meus senhores.
Ao entrarem, os corvos queriam comer e beber e procuraram os seus pratos e copos. Então, um depois do outro Aperguntou:
-Quem comeu no meu pratinho? E quem bebeu no meu copinho?--Cró! Cró! Posso garantir. Lábios mortais estiveram aqui.
Quando o sétimo corvo terminou de beber, encontrou no fundo de seu capo o anel, e, examinando-o, reconheceu pertence aos pais. Então, exclemou:
--Ai se nossa irmãzinha viesse! Então nós libertária!
Isto ouvindo, a menininha (que se esconderá atrás da porta todo este tempo e a observar) correu até o irmão. E no mesmo instante todos os corvos retornaram às suas formas originais, e todos se abraçaram e se beijaram e juntos voltaram para casa alegremente.

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