Capítulo 7~

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*** NÃO REVISADO ***

~♤~

Dafne

Há uma semana não vejo Joe. Até onde Lia havia me dito, o diretor Robin praticamente o obrigou a trabalhar em casa, sob a ameaça de perder o caso, para que pudesse de alguma forma repousar e cuidar de seu ombro.
É estranho! Não tivemos tempo de conviver o suficiente, mas de certa forma, não vê-lo ali todos os dias, mesmo que de longe me incomodava, parecia que sempre estava faltando algo.

Tentei ocupar a mente com o caso School Davis. Matt era o responsável pelo caso, mas Kal estava lhe dando todo o suporte nas investigações e agora eu também estava contribuindo para que pudéssemos solucionar o caso e dar as devidas respostas às famílias. Kal estava me ajudando e me passou todos os detalhes das investigações. Neste momento estávamos em minha sala revendo a ficha de possíveis suspeitos.

-Acha mesmo que poderíamos está lhe dando com um duplo suicídio? -Kal disse enquanto folheava alguns papéis.

-Não podemos descartar nada. -levantei da cadeira e dei meia volta a mesa me aproximando dele e pegando uma ficha. -Enquanto os resultados da perícia, e de David, principalmente, não ficarem prontos, não podemos descartar nenhuma hipótese.

-Temos esse empasse. -ele se juntou a mim e espalmou as mãos na mesa frustrado. -O problema é que as condições dos corpos de Bob Martin e Milla Kutcher, estão demasiadamente perfeitos demais naquele cenário de crime.

-Ainda não temos os resultados dos exames toxicológicos? -olhei para as fotos dos corpos de ambos os adolescentes de quinze anos deitados calculadamente no chão do banheiro masculino.

-Vou precionar o laboratório mais uma vez hoje. -ele coçou a cabeça e olhou para mim sorrindo.

-Se precisar...

-Dafne. -a voz de Joe ecoou pela sala bem atrás de nós. Senti o coração bater um pouco mais forte. Virei-me e o vi parado na porta. Estava com a tipoia no braço, mas seu semblante estava bem mais corado. -Preciso falar com você.

-O que faz aqui? -perguntei surpresa. -Não deveria está em casa repousando? -não consegui conter o sorriso ao vê-lo novamente.

-Acabou a folga. -disse sério e ainda parado a porta olhando para mim e tentando ignorar a presença de Kal ao meu lado.

-Seja bem vindo Joe! -disse Kal sem nenhuma emoção, que até então se mantinha calado. Ele cruzou os braços e continuou encarando Joe.

-Bom te ver também Kal. -a nota de ironia não passou despercebida quando Joe finalmente o deu atenção, mas brevemente, porque seu olhar voltou para mim. -Quando puder, passa na minha sala Dafne, por favor.

-Tudo bem. -assenti sorrindo. Joe virou-se e saiu.

-Ele é insuportável! -Kal disse enquanto empilhou algumas pastas na mesa.

-Deu para perceber que os dois se amam. -brinquei com ele.

-Sabe de uma coisa Dafne. -ele virou-se e me encarou. -Se Joe quiser tornar sua vida difícil aqui dentro, conte comigo.

-Não se preocupe. -levei com humor. -Eu sei me defender.

-Mas se precisar, sabe que pode contar comigo. -seu sorriso amigável me contagiou.

-Pode deixar! -fiz uma continência e ele riu. -Vou ver o que o detetive tem a dizer.

-Cuidado! -ele disse fechando a cara eu apenas acenei e saí.

Enigma Of 2: EM TENSÃO 🚨Onde histórias criam vida. Descubra agora