Tudo estava escuro, todos estavam a caminho de suas celas quando ouviram uma gritaria ao longe do local, perto do vestuário.
Todos, curiosos e apreensivos, se aproximavam do vestuário. Apenas a luz fraca dos corredores revelava a cena macabra que se desdobrava diante deles. Cell, com seu sorriso sádico, erguia a faca manchadas de sangue, contrastando com sua beleza aparentemente intocada.A vítima, um homem agora sem vida, estava caída no chão, uma poça de sangue formando um grotesco halo ao redor dele. O choque e o medo refletiam nos rostos dos que testemunhavam a cena, enquanto Cell permanecia imperturbável, como se estivesse se deliciando com o horror que provocava.
- Ainda consegue repetir queridinho?
A luz oscilante acima deles acrescentava um ar sombrio à situação. O cheiro metálico de sangue impregnava o ambiente, aumentando a tensão que pairava como uma névoa densa. Alguns prisioneiros sussurravam entre si, tentando entender o que estava acontecendo, enquanto outros olhavam fixamente para a visão aterrorizante diante deles.
Cell, com suas roupas manchadas, parecia uma figura demoníaca, sua beleza distorcida pela crueldade estampada em seu rosto. Seu olhar frio percorria os presentes, desfrutando da reação visceral que provocava.
- Roier? - Cell chamou. - Ele fez algo contigo?
Interrompendo momentaneamente o transe coletivo. Os olhos de todos se voltaram para o mexicano novato, que estava encostado na parede do vestiário. Diferente dos outros, o olhar de Roier não refletia medo, mas sim tristeza, lágrimas marcando seu rosto.
Foi nesse momento que a reviravolta aconteceu. Os prisioneiros, ainda atordoados, começaram a perceber algo inusitado. Cell, o temido assassino, estava de alguma forma defendendo Roier. Uma onda de confusão se espalhou, já que Cell nunca havia demonstrado qualquer inclinação para proteger alguém. Sua figura, agora ainda mais demoníaca com as roupas manchadas, contrastava com a atitude incomum de proteção em relação ao novato.
O olhar frio de Cell percorria a multidão perplexa, como se saboreasse a perplexidade que provocava.
Cell se moveu, fazendo a multidão se afastar.
Cell avançou lentamente em direção a Roier, sua figura esguia e macabra destacada pela luz trêmula acima deles. A faca ainda empunhada, mas algo nos olhos de Cell parecia ter mudado. Seu sorriso sádico deu lugar a uma expressão mais serena, quase melancólica. Os prisioneiros, antes aterrorizados, observavam em silêncio, incapazes de entender a reviravolta que se desenrolava diante deles.Ao chegar perto de Roier, Cell soltou a faca no chão, deixando um som metálico ecoar pelo vestiário. O barulho cortante reverberou, ecoando a tensão que se acumulava no ar. Os olhares estupefatos dos prisioneiros fixaram-se naquela cena surreal.
Cell estendeu os braços em um gesto surpreendente e envolveu Roier em um abraço inesperado. O contraste entre a frieza anterior de Cell e a demonstração súbita de afeto era desconcertante. A multidão murmurava baixinho, tentando entender o que se passava, enquanto a aura sombria que antes pairava no vestiário cedia espaço a uma atmosfera de perplexidade.
O mexicano novato, inicialmente tenso, relaxou lentamente em resposta ao abraço de Cell. As lágrimas em seu rosto eram testemunhas silenciosas da tristeza que ele carregava. A junção inesperada desses dois personagens opostos era como uma quebra na narrativa brutal da prisão.
Cell, ainda segurando Roier, ergueu a cabeça e fitou a multidão com seu olhar gélido. Seu rosto bonito, agora iluminado pela luz oscilante, ainda carregava traços de crueldade, mas também havia algo mais profundo, algo que os prisioneiros não sabiam decifrar.
- Ele é meu, e ninguém toca nele.. Ou acabarão como o amiguinho ali. - a voz de Cell cortou o silêncio, ecoando pelos corredores sombrios. Sua determinação surpreendeu a todos ali presentes, que continuavam a fitar a cena com olhares atônitos.
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𝐆𝐮𝐚𝐩𝐨𝐝𝐮𝐨: Five chapters.
Fanfiction- ☆ - Roier sabe, desde que chegou na prisão, que ama aquele garoto que dividia cela contigo. Seus olhos castanhos e seu jeito rebelde o deixava extremamente alucinado. Roier >quer< aquele garoto para si, nem que tenha um prazo de 5 capítulos para p...