Contos Lésbicos

Aquela desconhecida da boate

POV: Emily havia acabado de se mudar da casa dos seus pais para ir morar com suas amigas, já que a casa era mais perto da oferta de emprego que havia recebido. Após alguns poucos dias na casa nova, elas decidem sair para comemorar essa nova fase da vida de Emily, em uma boate local.

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Chegando na boate elas bebem, dançam e se divertem bastante, mas Emily não era o tipo de garota acostumada a beber então acha melhor dar uma segurada para não atrair problemas.

Ruth: _Já parou de beber, Emily? Tem que parar de ser fraca, assim não tem graça.

Pergunta uma das melhores amigas de Emily, se sentando ao lado dela na mesa.

Emily: _Sim! Você sabe que não estou acostumada a beber, e não estou nem um pouco afim de estragar a minha reputação vomitando em alguém ou fazendo alguma loucura que possa me arrepender depois.

Ela responde soltando um riso fraco.

Ruth: _Você está com medo de que, garota? Está com a gente, relaxa um pouco! Alias, como vão as coisas no seu novo emprego? Seu chefe é tranquilo?

Emily: _Ele é um velho chato e rabugento, isso sim! Não para de reclamar nem por um segundo, tenho até pena de sua secretária. Aé, a secretária sou eu!

Elas riem imaginando a cena em sua cabeça.

Emily: _Ele disse que muito em breve terá outra pessoa em seu lugar, pois está passando por problemas de saúde e terá que se ausentar. O que me conforta é a esperança de que a pessoa que entrar no lugar, seja mil vezes melhor que ele.

Ruth: _Cuidado para não ficar presa na esperança da "pessoa nova" ser realmente nova e gentil, pode ser uma velha ou um velho tão péssimos quanto seu chefe. Vê se curte e aproveita ao invés de focar só em trabalho. Hoje você tem que aliviar o estresse, se é que me entende!

Ela pisca para Emily, sorrindo de forma sugestiva e a mesma ri.

Emily: _Você não tem jeito mesmo!

Agnes: _Oh gente! Como vai ser? Vão ficar olhando ou vão vir dançar também?

Em seguida a outra amiga de Emily se aproxima.

Ruth: _Emily já parou por hoje, disse que não quer fazer feiura e estragar a reputação dela.

Agnes: _E ela tem alguma reputação?

Emily: _Eii! Parou com o bullying, fazendo o favor!

Elas riem da situação.

Agnes: _Ah, para! Isso não importa, ninguém precisa de reputação quando se tem charme e beleza. Vamos curtir, larga de ser chata!

Ruth: _ Melhor não Agnes, a Emily não está acostumada com todo esse fervo e ela tem um emprego que pode ser perdido facilmente por conta de algum vídeo... sugestivo, dela bêbada em uma boate. Melhor não exagerar e deixar ela de boa.

Agnes: _Ah, mas eu não quero curtir a festa sozinha.

Ruth: _Eu sou uma piada pra você?! Quem disse que você vai curtir sozinha, sua tonta? Eu vou com você. Você vai ficar bem, amiga?

Ruth pergunta para Emily que acena para a mesma. Elas saem indo para a pista de dança novamente, deixando Emily sozinha. Perdida e sem companhia, Emily continua a observar o ambiente completamente deslumbrada com a energia bem animada e a belíssima decoração do lugar.

Enquanto seus olhos percorriam toda a boate, eles se encontram com os de uma mulher que olhava fixamente para Emily do bar. Assim que os olhares entre as duas se encontram, eles se prendem e nenhuma das duas consegue desviar nem por 1 segundo se quer, podendo permanecer assim durante horas. A mulher que observava Emily parecia ser pouco mais velha que ela, tinha um rosto fino e muito jovial, Emily não dava mais que 25 anos para a tal mulher.

Tinha a pele bem clara, cabelos pretos até o ombro com leves ondulações feitas de babyliss nas pontas, seus olhos eram escuros refletindo todas aquelas vastas luzes do local, e seus lábios suaves carregavam um gloss levemente amarronzado belíssimo, que dava um contraste lindo com os olhos da mesma. Em uma de suas sobrancelhas, a do canto esquerdo pra ser mais precisa, carregava um pequeno piercing que combinada com o de pressão no septo.

A desconhecida se vestia elegantemente porém descontraída, sem muito exagero. Trajava um top branco regata de gola alta, acompanhado de uma corrente prata que caia pouco acima de seus seios. A mesma também usava uma calça preta cano curto de alfaiataria junto com um tênis básico preto, com detalhes em branco. Anéis prata chamavam atenção para as mãos da mulher, porém todos bem discretos. Emily se atentava a cada detalhe da bela moça enquanto a mesma a observava sem estar nem um pouco intimidada. Já Emily depois de se tocar do que estava fazendo e se sentindo um pouco envergonhada, acaba cedendo a pressão dos olhos escuros da mais velha e finalmente cede, desviando seu olha e bebendo um gole de sua água, soltando um sorriso de canto em seguida. Em sua cabeça, ela confessava que estava adorando tudo aquilo e quando a mesma volta de seus curtos pensamentos, olhando novamente para a desconhecida, Emily percebe que a mesma estava indo em sua direção com um leve sorriso de canto.

Naquele momento, o coração de Emily dispara com o medo incontrolável que sentia de mulheres bonitas e seu subconsciente pedia para que ela corresse dali, e foi exatamente o que ela fez. Emily sai dali devagar, tentando controlar seu nervosismo indo em direção ao banheiro mas olhando para aquela moça que agora está confusa, te encarando sem saber se vai atrás ou permanece onde está. Emily por impulso do nervosismo sorri de maneira desafiadora, como quem diz: "Vem me pegar, se você pode!".

O que Emily estava pensando? Estava "fugindo" para não ter que falar com a bela mulher, e a atiçava para que viesse atrás de ti. Realmente o nervosismo pode criar cenários sem sentido algum.

Já no banheiro, Emily resolve se trancar em umas cabines dali até que conseguisse se acalmar um pouco e céus, como estava quente aquele banheiro. As mãos de Emily suavam demais e uma de suas pernas havia criado vida, e agora estava tremendo como um tic. Ok, talvez não seja o calor mas sim o seu medo de mulheres bonitas, falando bem mais alto do que a sua razão.