Night Devil | MinSung

Capítulo Um: Beba-me

AVISOS:

⁠↝ Conteúdo maduro, não é uma história PWP (pornô sem enredo), mas já tem obscenidades logo no início.

⁠↝ Íncubos são demônios machos que se alimentam da vitalidade dos humanos através de relações sexuais.

⁠↝ Contém gokkun. Trata-se do fetiche de ingerir sêmen.

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Passava de dez horas da noite e Lee Know se preparava para dormir. Era um ídolo profissional em tempo integral que só dava atenção à carreira, negligenciando a própria vida pessoal. E se sua aparência não fosse o produto que vendia, estaria em condições bem piores. Os seus fios negros lisos estavam tão longos que quase podiam cobrir o seu olho esquerdo, não por orientação do estilista e sim por pura falta de tempo e de disposição para fazer um corte...

As belas írises negras como ônix não mereciam ficar escondidas, assim como as sobrancelhas delineadas, e os traços finos e másculos de seu rosto. Os lábios carnudos e rosados do moreno estavam secos, ele não cuidava de sua hidratação também há alguns dias. Não se lembrava de quanto de água havia bebido, mas com certeza não chegou a dois litros.

Ele molhou a boca com o copo de vidro que tinha no criado, ao lado de sua cama king-size, tão solitária e vazia quanto o seu coração. A brisa fresca adentrava as janelas pequenas de seu apartamento. Em seu quarto não havia mais do que a cama e os criados, a porta para o closet, um espelho largo e a TV na estante da parede.

As luzes eram LEDs embutidos no teto, com o tom configurado para se parecer com o pôr do sol, uma iluminação suave e amarelada que o ajudava a relaxar e dormir. E por orientação da equipe que cuidava da saúde do Stray Kids — o grupo ao qual participava junto de outros seis rapazes há quase dez anos —, ele evitava quaisquer dispositivos eletrônicos por algumas horas antes de ir para a cama, mantinha um silêncio tranquilo e meia luz em todo o ambiente.

Depois de um jantar leve, ele se deitou para ler um livro, mas logo o sono veio. Talvez o banho de banheira perfumado pelas velas de óleo essencial de lavanda tivesse mesmo surtido efeito em seus músculos tensos.

O estresse diário da rotina cansativa de ídolo estava o deixando próximo de um colapso, precisava liberar toda aquela aflição, então tentava tudo o que estivesse ao seu alcance: massagens terapêuticas, banhos relaxantes, higiene do sono, alimentos ricos em antioxidantes naturais, pilates e meditação.

E ainda assim faltava alguma coisa.

Poderia ser contato humano íntimo? Ele não tinha como afirmar, afinal os seus parâmetros de comparação eram nulos. Ou melhor, estavam nulos, visto que há muito não saía com ninguém.

Infelizmente, ele não podia fazer nada sobre isso, era ocupado e não tinha tempo para conhecer alguém e manter um relacionamento. Além de que a proibição de seu contrato profissional o privou de ter uma vida social por muitos anos, e embora já tivesse chegado ao fim, ele ainda sentia as consequências nos dias atuais.

Minho fechou o livro e o jogou sob o criado, desligou as luzes e cobriu-se com as colchas finas.

O sono eventualmente veio, o embalando com sonhos sobre o trabalho e os problemas do dia-a-dia, impedindo que sua mente descansasse.

No entanto, um barulho incomum o alertou brevemente. Acreditando ser parte do sonho — ou melhor, não tendo consciência de que estava em um —, ele não deu tanta importância, apenas focou-se em resolver o problema urgente que teria de solucionar até o final de semana, que a sua própria imaginação criou.