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Acordo com a dor estridente do latejo de minhas temporas. Uma luz muito forte atingi minha visão

Que luz é essa? Eu... eu morri?

Me sento lentamente com a dor insuportável. Algo queima na minha testa tão fortemente que parece que estão a rasgando.

Olho ao redor com dificuldade. Eu estou no meu quarto

Estou no meu quarto?

Como poderia? Ontem eu...eu...

Levo minha mão ao meu pescoço, mas não sinto nada. Olho minhas mãos, não há nada

Foi um sonho?

Que raios de sonho realista é esse?

Levanto com dificuldade da minha cama e caminho até o grande espelho que tenho em meu quarto.

Ôh céus. O que é isso?

Uma marca em formato de uma lua cheia brilha em minha testa, meus olhos brilham em um tom de vermelho vivo e tenho presas em minha boca

Meus dedos tocam a marca com cuidado como se fosse uma tuagem recente. Isso é real ou estou delirando por conta da dor de cabeça?

Ouço o som da maçaneta se movendo então me viro de costas. Ninguém pode me ver assim!

— Está muito atrasada — minha mãe entra pela porta sem ao menos bater.

— Não irei para a escola hoje — digo ainda de costas — Estou com muita dor de cabeça.

Ouço o barulho da porta se fechando, então me viro novamente, mas minha mãe ainda está no meu quarto

Seus olhos se arregalaram e ela solta um grito agudo que tenho certeza que Los Angeles inteira ouviu

Droga. Porque ela ainda está aqui?

Ela me olha como se eu fosse uma aberração. Eu realmente sou. Sua boca se abre para falar algo, mas nenhum som sai

Maicon aparece na porta do meu quarto ele faz a mesma cara que minha mãe fez quando me viu

— Vá de retro, Satanás — disse ele, com aquela que eu costumava chamar de voz de sermão.

— Não é Satanás. Sou só eu — suspirei.

— O que você fez, Zoey — disse minha mãe, mantendo a distância

— Eu cuido disso, meu bem — disse o "padratotário", pegando seu celular — não saia daqui. - disse empurrando minha mãe para fora do quarto e o trancando por fora.

Ele me trancou? Me trancou como se eu fosse um monstro.

Meus olhos se enchem de lágrimas com a memória da feição de minha mãe ao me ver.

Eu não sei o que está acontecendo, nem no que eu me tornei.

— O que está acontecendo — ouço a voz de Piter do outro lado da porta

— Não se aproxime do quarto de Zoey, pode ser perigoso — agora é Maicon quem fala. — Ela se tornou algum tipo de aberração.

Sua voz ecoa em minha mente " Ela se tornou algum tipo de aberração ". Lágrimas rolam pelas minhas bochechas.

Chorar só vai piorar a dor, mas eu não tenho controle sobre isso

Um tempo se passa quando ouço a porta ser destrancada. Piter entra por ela. Seus olhos se arregalam por um tempo, mas depois relaxam. Ele se aproxima de mim com passos lentos

— Não se aproxime, eu posso ser perigosa — digo com a voz rouca e fraca

Ele abre um sorriso acolhedor e me abraça sem hesitar. Minhas lágrimas caem e eu novamente fracassei em seguralas

Marked-Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora