prólogo

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10 ANOS ATRÁS

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10 ANOS ATRÁS

Ali estava ela, a minha futura mulher, eu não sabia seu nome. Mas ela estava ali, parada, parecendo apavorada, com certeza eu a tiraria daqui se pudesse, mas o figlio di puttana do Michael não cala a boca. Desviei meu olhar para ele, querendo estrangular seu pescoço fino com um Pomo de Adão bem aparente. Ele falava alguma coisa sobre querer foder uma loira que tinha no salão, não faço a mínima ideia de quem seja, ninguém chamou a minha atenção além dela, quando olho para ela novamente, merda, ela sumiu. Suspiro pesado olhando para Michael, vou matar esse filho da puta.

- Cos'era, Max? - ele perguntou franzindo a testa.

(Qual foi, max?)

- Vai a farti fottere. - rosnei baixo.

(Vai se foder.)

- hañ? Maximus, você tá maluco? - é a última coisa que eu escuto ele falar antes de me afastar.

Onde você está, piccolo? Pra onde você fugiu? Vejo ela subir as escadas do segundo andar, o mesmo que descreveram como: "proibido de entrar" antes da festa começar. Parece que alguém quebra as regras.

Resolvi a seguir, a visão dela subindo as escadas é tão linda daqui de baixo, sua bunda praticamente pula a cada passo que ela dá, ela vai ser minha, nem que eu tenha que queimar um por um que pense em tê-la invés de mim.

Ela se apoia na varanda, eu não sei seu nome, sua idade, se mora aqui ou não. Seu vestido que tinha detalhes brilhosos, tem mais destaque a luz da lua, seu cabelo balançando com o vento, sua posição enclinada me dá uma vontade enorme de foder ela ali mesmo, naquela varanda, com aquele vestido. Eu não posso perder esse momento, pego meu telefone, me certifico de que não vai fazer nenhum barulho quando eu tirar a foto, não sou aquelas pessoas burras de filme. Miro a câmera para ela, centralizo e tiro a foto, isso vai ser minha tela de bloqueio, certeza.

Eu tenho que ir, logo sentiriam minha falta. Eu vou te ter, piccolo, nem que seja a última coisa que eu faça.

Rodei meus olhos por todo o pátio, mas nenhum sinal da minha misteriosa de cabelos morenos, suspirei pesado, apertei minhas unhas na palma da mão

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Rodei meus olhos por todo o pátio, mas nenhum sinal da minha misteriosa de cabelos morenos, suspirei pesado, apertei minhas unhas na palma da mão. Cazzo, onde ela se meteu?

- Ei, Michael! - o chamei. - Sabe quem é essa menina? - perguntei mostrando a foto dela.

- Uh, então você conheceu la belezza? - eu apertei meus olhos, me segurando pra não dar um soco no olho desse caralho. - O nome dela é Beatrice, me contaram que ela se mudou. - eu quase engasguei.

Como assim ela foi embora? Não, ela não pode ir embora, o lugar dela é aqui, comigo! Ela só vai embora por cima do meu cadavere!

- Pra onde ela foi? - guardei meu telefone.

- Eu não sei, cara, mas aquela ali deve saber. - apontou para uma garota loira que pegava algumas coisas no seu armário.

Pisei forte até a garota, uma porra que eu vou deixar ela ir embora. Fechei o armário da loira com força, a mesma me olhou assustada, seus olhos estavam inchados, presumo que ela estava chorando.

- Conhece ela? - mostrei a foto.

- Conheço... - disse baixo enxugando mais uma lágrima.

Isso me dá uma mistura de pena e nojo. Isso é ridículo.

- Onde ela está? - cruzei os braços.

- Ela de mudou. - soluçou.

- Smettere, você fica horrível chorando. - repreendi - Pra onde ela foi? - disse entre dentes.

Ela me olhou nos olhos, segurando as lágrimas.

- Brasil - ela disse chorosa e saiu dando passos apressados, seus soluços eram agudos e baixos enquanto ela se afastava.

Santa merda, ela foi pro Brasil. Ela se mudou pra porra do Brasil. Mia dolcezza Beatrice está nesse momento a 9.000 quilômetros de distância de mim, cazzo. Eu vou achar você, mia belezza, vou até o inferno perguntar ao próprio diabo onde você está. E aí, vou te trazer de volta, pra onde é seu lugar: nos meus braços.

O FLORISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora