XXVIII - Para o alto e avante

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Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

Scarlett ficara admirando a pulseira por alguns instantes enquanto Natasha falava com outra garota. A julgar pelos sorrisos, a repórter presumira que falavam apenas trivialidades, como se fossem amigas há algum tempo. Era estranho ver a secretária sorrindo daquela forma, como uma jovem normal.

A pulseira que recebera era elegante e charmosa, como uma joia muito cara.

Havia pedras pequeninas nas cores vermelha e dourada entre os detalhes. Além disso, um discreto pingente trazia uma rosa negra no centro de um círculo.

—É o escudo da Casa Silverglade... – dissera a ruiva já ao lado de Scarlett novamente – Lindo, não é? – emendara com outro sorriso.

Pega de surpresa, a loira apenas sorrira concordando.

Seria possível que elas viessem a ser amigas? Scarlett custava a acreditar.

A secretária apontara em direção a uma porta dupla com o olhar comentando que era hora de finalmente Scarlett entender a verdade. Secretamente, aquelas atitudes apenas deixavam a loira mais excitada pelo que aconteceria. Natasha, como antes, seguira na frente sendo acompanhada de perto pela outra.

Ao passar, os olhos cor de mel da mulher ficaram ainda mais claros.

Havia dois homens conversando em um canto. Ambos vestiam o que parecia um longo pijama de seda, um na cor vermelha, o outro azul. O que impressionara a repórter, no entanto, foram suas aparências. Ambos eram brancos, não apenas a pele clara, mas albinos, cadavéricos. Nenhum dos dois tinha cabelo, as faces eram retorcidas e era possível ver suas presas enquanto falavam.

Enquanto gesticulavam durante a conversa era possível ver as unhas longas e pontiagudas, como garras prontas para estraçalhar suas vítimas.

—Vampiros da Casa Nosferatum – explicara a ruiva em um sussurro – Aqui dentro, nenhum vampiro tem razões para esconder suas verdadeiras faces. Mas não duvide, você é o assunto de que todos falam agora – reforçara Natasha.

O ambiente agora havia mudado para exatamente parte do que imaginara a loira pouco antes. As paredes, teto e chão tinham cores escuras, com tons entre o marrom da madeira polida e o vermelho das tapeçarias. Havia candelabros e luminárias de teto com velas. As chamas laranjas dançavam criando suas formas bruxuleantes nas paredes, como fantasmas que espreitavam os visitantes.

Scarlett usava um colete social cinza, mesma cor das calças. A blusa interior era branca e o conjunto se completava com sandálias douradas, assim como os acessórios, brincos, anéis e a gargantilha. De repente, se sentia como um lanche aos olhos de todos os vampiros espreitando das sombras.

—Eu? Mas...

Assim como acontecia frequentemente, Natasha cortara a fala da loira.

—Querida... – começara a ruiva com sarcasmo – Talvez ainda não entenda, mas o vampiro com quem se envolveu é um dos dez mais poderosos e influentes do mundo todo. Quando ele se aproxima, os demais o saúdam. Julian pode ser inconsequente como uma criança quando brinca de ser CEO, mas a verdadeira face que oculta é a de um ser milenar temido e respeitado.

—Brinca de ser CEO... – repetira a loira em um sussurro.

Natasha simplesmente desdenhara gesticulando com a mão direita.

—Scarlett... Posso te chamar pelo nome? Em breve terá o título de Mestra, tenho certeza, mas por enquanto, me permite ser mais íntima? – claro que elas não eram nada íntimas, o que Natasha queria com aquela abordagem? – Vamos ver se consegue me entender. Também sou humana, portanto, sei um pouco do que pensa e como se sente. Conheceu Julian como um CEO em ascensão, mas isso é padrão humano. Julian caminha entre a humanidade há centenas de anos. Seu poder e influência vão muito além dos limites do CEO da BloodLine.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora