AUGUST | jackieshauna

capítulo 12

Opa, demorei, mas voltei!

Muito corrido, muito corrido, mas no fim dá tudo certo e eu tô aqui para mais um capítulo!

Esse tá bonitinho, vocês vão amar.

Prontos?

Boa leitura e não se esqueçam do feedback!

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doze: aquele da ação de graças.

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JACKIE ESTAVA NERVOSA.

Afinal, depois de meses estressantes e transformadores por causa dos problemas da mãe, era a primeira vez que ela a levava para casa. O dia em que a encontrara quase inconsciente na cozinha ainda era o cenário de seus piores pesadelos, e apesar de gostar muito do pai, da madrasta e dos meios-irmãos, ainda era difícil não tê-la ali, sua mãe, que sempre esteve com ela independente da situação.

O Sr. Taylor se ofereceu para levar a filha de carro até a reabilitação. A Sra. Taylor seria liberada para as festividades de fim de ano, por causa de seu "bom comportamento" e de sua demonstração inegável de que iria ser uma pessoa melhor. Manter-se trancada em uma casa com mais alguns dependentes, com apoio psicológico e saídas diárias para o lado de fora a haviam ajudado mais do que o esperado, e agora, ela até mantinha um diário consigo, narrando seus momentos e sua superação, de como tinha percebido que a vida era um sopro depois que tudo aconteceu.

Ao telefone com um dos cuidadores da reabilitação, Jackie foi orientada a não deixar a mãe tensa e estar com ela, pelo menos nesse primeiro momento, por alguns minutos do lado de fora da casa em que estava ficando, conversando com ela e a incentivando a ser alguém melhor, mais do que já demonstrava ser. O Sr. Taylor, então, disse que deixaria a filha na reabilitação, iria buscar a mulher e os filhos no aeroporto e voltaria, finalmente, para pegá-las e levá-las em casa. Jackie ficou receosa com isso também, de a mãe ver a nova família de seu ex-marido, mas, como ficou claro que eles estavam se respeitando mais do que nunca desde o divórcio, achava que talvez não fosse fazer tanta diferença, ainda mais no Dia de Ação de Graças.

- Eu conheci um cara legal, sabia? O Phil é um alcóolatra também, veio aqui porque bateu o carro e ficou em estado grave uma vez. - Ela explicava para a filha. Agora, mais do que nunca, era impossível reconhecer a Sra. Taylor. Nos últimos dias em que Jackie esteve ali para ver a mãe, ela já parecia diferente, e não tinha mais a mesma pose de madame que costumava ter. Mas, agora, as olheiras que enfeitavam seu rosto nas primeiras semanas de estadia já tinham sumido, o que lhe dava uma aparência melhor. 

Claro, ainda tinha aquela estranheza do cabelo crescendo com os fios brancos que ela odiava e o rosto completamente sem maquiagem com algumas novas marcas de idade, mas as duas estavam se esforçando para não deixar tudo aquilo consumir a cabeça. Não valia a pena se estressar por coisa pouca, era só um novo normal do qual elas teriam de se acostumar.

- Tô feliz que você tá fazendo amigos aqui, mãe - Jackie suspirou, encarando a vista a sua frente. Elas estavam sentadas em um banquinho meio desconfortável feito de pedra, mas estavam cobertas por árvores lindas que davam sombra e traziam a brisa que rodeava a casa. - Muito feliz. Também porque você parece melhor.

- Mas e você, querida? Como é que vai? 

Jackie suspirou.

- Na mesma. - Ela engoliu em seco. Não tinha pensado em como diria a mãe que estava tudo mudando na sua vida, que ela estava prestes a se formar e que tinha transado com uma garota pela primeira vez.