Existia um dojô pelas serras da cidade e que ensinava sobretudo a arte marcial que manuseava uma katana chamada kendô. O local era cercado por uma floresta que ajudava a trazer paz ao espírito dos alunos, esses na maior parte do tempo eram homens fortes e viris. Era comum encontrarem insetos e até mesmo macacos durante o dia. E as folhas das plantas eram tomadas pelo orvalho na madrugada.
Era um local perfeito para meditar e purificar o espírito, mas um jovem mentor se sentia perdido.
Seu nome era Roronoa Zoro, filho do maior mentor daquele dojô, e que ultimamente não estava exercendo seu cargo como devia. A pedido de seu pai, Zoro teve que se afastar e se focar mais nas meditações. Ele precisava se conter.
Mas era difícil quando ficava o dia todo vendo homens seminus e o garoto que gostava de se encontrar, havia descido até a cidade por alguns dias. Se sentia triste por não conseguir seguir fielmente o caminho de um guerreiro, quando sentia prazer em cheirar o suor na pele de outros homens. Mas os magros e pequenos como Sanji eram os que mais desejava.
Ninguém desconfiava que tinha sonhos eróticos com homens, nem mesmo seu pai. Apenas Sanji quem descobriu e ele nem ao menos era um dos alunos. Trabalhava ali para limpar o chão do engawa, por exemplo. Às vezes cozinhava para todos também, se Zoro estava bem lembrado, Sanji trabalhava num restaurante antes de se meter naquele dojô.
E desde que aparecera ali, a vida de Zoro virou de cabeça pra baixo, porque assim como ele, Sanji também desejava homens.
Tinha a sua mesma idade, mas seu corpo era menor e mais frágil. Seus cabelos eram volumosos e gostava de fumar. Zoro às vezes fumava quando ele lhe oferecia o mesmo cigarro que consumia, aliás, a primeira provocação foi exatamente assim.
Sanji notou os seus olhares admirados por ver um rapaz diferente dos que via todos os dias. Pele pálida e limpa, cabelos dourados, olhos azuis, joelhos rosas, fragilidade... muito frágil. E se encontraram no estábulo onde dividiram o cigarro, mas por mais frágil que parecesse, no seu olhar havia um brilho sagaz que deu medo ao mentor. Tudo podia ser revelado a partir daquela noite, mas deixou se levar aos encantos daquele rapaz franzino que lhe ensinou a beijar e a tocar. Ele se lembra de como Sanji pegou o seu pênis ereto e o direcionou para dentro dele, assim como também se lembra de como suaram sobre as palhas do estábulo e eram iluminados somente pela luz da lua.
E Zoro não conseguiu se conter, ele tentava lamber todo o suor de Sanji e ele metia muito no interior dele. Só pensava em uma coisa: que se foda o caminho do guerreiro.
Ele queria se perder, ele queria o sabor de sua boca, os mamilos rosados na sua, o pomo-de-adão descendo fundo, suas peles pelejando e o gozo que cobria os seus corpos. Ele queria a sucção no seu membro pulsando e enterrando garganta adentro de Sanji.
Obviamente, aquilo era errado e Sanji dizia para que ele largasse tudo, para que eles pudessem viver num lugar bem longe. Costumava dizer isso após o sexo, com o corpo nu sobre o seu. Mas não podia deixar seu pai e ele sabia que tomaria os negócios brevemente do dojô.
No entanto, era surpreendente Sanji não ficar bravo e nem o pressionar, as perguntas não eram frequentes e aconteciam mais depois da foda. Terminava dizendo apenas "não importa o que decidir, estarei ao seu lado. Vai ficar tudo bem se continuarmos discretos". E Zoro chorava, porque se conter e fingir que o idiota não existia doía muito, ele queria que Sanji o forçasse para sair dali.
No dia de sua volta ao dojô, Zoro tentava ao máximo conter sua felicidade. Não queria demonstrar que não conseguia ficar sem ele por 5 dias, já Sanji achava fofa tal atitude. Mas só de birra, resolveu ignorá-lo também, o que não durou por muito tempo, porque Zoro já o esperava em seu quarto. Levou um susto vê-lo ali pela noite, quando já estava convencido de que Zoro não havia cedido mesmo, mas agora ele estava implorando pelo seu tato.
Zoro deu passadas fundas e apressadas para pegá-lo num beijo e prensá-lo na porta, que Sanji havia acabado de fechar. Estava carente e muito sedento.
Sanji ria enquanto suas roupas eram retiradas por aquele ogro forte e idiota para ser jogado na cama dura e começar tudo de novo. Estava pronto para ouvir as promessas de que tudo mudaria.
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Ciclo
FanfictionComo mentor e herdeiro, Zoro tinha responsabilidades sobre o dojô. Mas e quanto a sua felicidade? Abriria mão por deveres e por uma filosofia furada? zosan