¹⁸ Abrigo

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Levi

- Bora, pô! Vai ser daora e pode ser bom pra nois ficar um pouco longe daqui. Tu vai ficar mais seguro. - Victor tenta me convencer a aceitar o convite.

- Eu não sei. E se acontecer alguma coisa? E se tia Lili precisar de mim? - Eu falo um pouco incerto. - Cabo frio é muito longe.

- Relaxa, loirinho! É só por dois dias. Num instante passa e tu tá de volta, e eu também posso deixar alguém de olho nela. - Victor diz me encarando enquanto estou no meio das pernas dele que está sentado na ponta da cama. - Vou falar com o André, aproveitar que ele não vai poder ir pra ficar de olho nas parada pra mim e pesso a ele pra ficar vigiando a coroa. Fechô!? Ah, e comé que tu sabe que é longe?

- Minha família já foi daqui pra lá em um réveillon uns anos atrás. - Ele concorda com a cabeça. - O Lucas confirmou se vai? - Eu questiono.

- Ele disse que só vai se Vivi for e ela disse que só vai se tu for. - Victor fala meio ansioso. - Vamo!? - Ele insiste.

- Tá! - Eu finalmente decido. - Alguém já te disse que você é muito persistente? - Eu pergunto e ele ri.

- Muitas vezes! E acho que nunca vou mudar já que te conquistei assim. - Ele fala e nós rimos.

- É, você tá certo. A gente tem que persistir nos nossos objetivos, e agora o meu é te fazer tomar esse remédio, Victor! Toma essa merda logo! Se essa dor de cabeça piorar a gente não vai pra canto nenhum. - Eu falo colocando o comprimido na boca dele.

- Tá, mimadinho do caralho! Mas eu já falei que não é nada. Essa porra já é normal. - Ele diz tomando a água que eu tinha deixado na cômoda.

- Depois você me agradece. Ah, e eu preciso comprar uma sunga. Não tô a fim de passar por aquilo novamente. - Eu falo me lembrando daquele fatídico dia.

- Eu não reclamaria de te ver daquele jeito de novo. - Victor fala apertando minha bunda.

- É claro que não, você só pensa com essa cabeça. - Digo tocando o pau dele por cima da calça.

- Não faz isso, loirinho! Se não vai me deixar te comer não fica me provocando! - Victor fala enquanto deixa o aperto mais forte nas minhas nádegas.

- Não tô fazendo nada. - Eu falo me afastando dele e rindo.

- Fala isso pro meu pau. - Victor diz ficando de pé e me agarrando. - Vem aqui seu safado! - Ele me joga na cama e fica por cima.

- Me solta, seu psicopata! Eu vou gritar. - Eu falo e ele ri.

- Pode gritar e pode gemer bem alto. Ninguém vai te ouvir mermo. - Ele fala pondo minhas mãos pra cima e beijando meu pescoço.

- E você pode ir tirando o cavalinho da chuva! Além de eu ainda estar um pouco dolorido de ontem, eu preciso ajeitar minhas malas pra ir pra uma casa de praia longe pra caralho de última hora. - Digo e ele para pra me olhar.

- Eu te deixei muito dolorido, loirinho? - Ele pergunta meio surpreso, ignorando a outra parte.

- Não se preocupa! É normal. Só tomar um analgésico que passa. - Eu digo e ele abre um sorriso. - Mas enquanto não passar nem pense que você vai colocar alguma coisa aqui dentro! - Eu digo ele murcha de novo.

- Não posso nem brincar com ele do lado de fora? - Ele questiona.

- Não. Nem do lado de fora. - Eu falo e ele se levanta.

- Mó vacilo isso aí! - Victor fala se afastando.

- Se você me levar pra comprar minha sunga eu posso te ajudar de outras formas. - Eu afirmo e ele coloca novamente um sorriso no rosto. - É uma sunga, Victor! Nem se iluda que eu vou comprar uma calcinha!

Entre Fios e Vielas (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora