dois

41 7 30
                                    

Eu nunca fui do tipo de pessoa que tinha convicção que o universo simplesmente se virava contra ela, mas depois desse dia em específico, eu comecei a tentar me lembrar quando exatamente foi que eu fiz algo que provocou tanto o universo ao ponto de...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu nunca fui do tipo de pessoa que tinha convicção que o universo simplesmente se virava contra ela, mas depois desse dia em específico, eu comecei a tentar me lembrar quando exatamente foi que eu fiz algo que provocou tanto o universo ao ponto dele me fazer passar pela experiência mais confusa da minha vida.

Com a mala arrumada e as coisas devidamente organizadas, havia pego alguns livros, protetor solar e até o meu aparelho móvel, absorventes caso algum imprevisto.

Me olhei uma última vez no espelho, o shorts branco, a regata azul clara e um chinelo qualquer no pé, o cabelo amarrado e o óculos de sol. Sorri ao ver a mensagem que ele havia acabado de sair de casa e verifiquei quanto tempo levava da minha casa até a sorveteria.

Desço as escadas e vejo Benício se levantar de imediato, paraliso por um tempo quando ele pega as chaves do carro dele e olho Ramon.

—Eu quem pedi. Benício vai te levar lá e te buscar enquanto a gente arruma o resto das coisas. – Ramon diz simplesmente e eu tento acompanhar o raciocínio dele.

—Pera aí, eu parei de prestar atenção no "Benício vai.." – o encaro como alguém que estava prestes a pular nele e enche-lo de socos, e realmente estava.

—Ah não ser que você queira se atrasar no seu encontro, sugiro que entre no carro do Beni nos próximos cinco minutos.

Saio literalmente batendo os pés e indo até o carro, entro no mesmo e pratico meu auto controle para não bater a porta com o máximo de força que posso.

—Se você não tivesse amarelado na hora de tirar sua carteira, eu não teria que te levar – Benício diz dando a ré e eu rio pelo nariz.

—Me desculpe, estou tentando me lembrar que horas eu pedi que alguém me levasse – posso senti-lo procurar meus olhos e evito o máximo que consigo encara-lo, aquilo havia me deixado realmente estressada. — Pode dar meia volta, eu não vou mais ir.

—O quê? Porquê? – ele quem parece irritado agora.

—Eu sei que vocês devem se desdobrar para ajudar o meu irmão que eu nunca arrume um namorado, mas acreditem, não é bem assim que a banda toca.

—Só de pensar assim mostra que ainda é imatura pra ter um relacionamento.

Certo, até mesmo porque ele é o ser mais maduro que existe no mundo não é mesmo?

—Te busco em uma hora. – ele me diz parando o carro e apertando o pisca alerta do mesmo.

—Me desculpe o atraso, meu irmão insistiu em me trazer – minto assim que me aproximo da mesa em que Nico estava sentado, ele sorri largo e se levanta para me cumprimentar.

—Capaz, não se incomode com isso – ele se levanta e educadamente me dá uma abraço apertado e um beijo na bochecha. — Eu não pedi nada ainda, vamos lá?

Spin-off: Minha Capitã | Our Brown Eyes. - Beatriz e Benício.Onde histórias criam vida. Descubra agora