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-Alice. Para, por favor. Esta tudo bem a mãe esta aqui. Ok?
Mais uma crise da Alice mas esta não esta a acalmar como as outras. Para melhorar estou sozinha, o guh teve de sair e fiquei com ela.
-Alice. Segura a mamãe. Alice tens de me ajudar eu não tenho mais oque fazer.-falei desabando em choro tentando abraçar a mesma para evitar que se magoe.
Sinto que estou cansada, não tem sido nada fácil e sei que a culpa não é dela nem de ninguém. Mas magoa ver o teu bebezinho, quem tu tentas proteger de tudo, ficar assim tão vulnerável por algo que ninguém tem culpa.
O choro acalmou e os soluços começaram. Significa que a crise esta a terminar. Afasto-lhe um pouco do meu corpo, para poder visualizar o seu rostinho inchado de choro e com o cabelinho todo molhado de suor.
-Mamãe..tás a chorar?-ela pergunta depois de um tempo, enxugando o meu rosto com a mãozinha.
-Não meu amor, está tudo bem.-falei lhe abraçando mais forte.
Ficamos uns 10 minutos só sentadas no chão enquanto faço carinho em suas costas com o polegar e beijo sua cabeça.
Fomos as duas para a cozinha, fiz um lanchinho para a mesma, que caiu no sono logo a seguir. Deixei-a no berço e fui no meu banheiro para poder tomar um banho.
Olhei-me no espelho, toda descabelada, com os braços vermelhos das pancadas que Alice me deu e o rosto inchado. Decidi ignorar tudo isso e entrar no banho.
A água quente escorre sobe o meu corpo fazendo-me relaxar. Esses dias tem sido tão difíceis.
Depois do podcast recebemos muitas mensagens de força e de pessoas dizendo que tem casos na família. Isso foi bom. Saber que tem pessoas que passam o mesmo que nós. Que não estamos completamente sozinho.
E nós podemos ver uma luz no fim do nosso túnel, mas tem pessoas que não, que não tem dinheiro para medicação ou para médicos qualificados.
Mas eu tenho. Eu tenho como proporcionar isso financiamento, mas será que tenho condições psicológicas para deixar Alice com outro alguém enquanto eu sigo uma vida sem ela?
Não reparei que as lágrimas estavam a cair, até sentir a porta do banheiro abrir e ver a silhueta do guh. Quando ele vê as lágrimas coloca o celular na cômoda e vem até mim abrindo o box e me abraçando, ficando todo molhado.
-Eu estou aqui amor, vou estar sempre aqui para ti. Não te preocupes vamos passar por isso juntos- o Gustavo falou me abraçando mais apertado, beijando a minha cabeça.
(...)
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A Ana Flavia dormiu no meu peito depois que lhe retirei do banheiro. Estamos os dois deitados, me sinto tão culpado quando tenho de a deixar sozinha. Eu sei o quão difícil é para ela. Porque é para mim também.
Acariciei os seus braços ainda vermelhos me levantei tentando não lhe acordar e fui pegar um creme. Espalhei com o maior cuidado de todos, e beijei a sua testa.
Quando terminei o som de um choro de nenê foi presente. Caminhei até o quarto de Alice. A mesma está resmungando ainda dentro do berço.
-Pai!-Alice pula no meu colo.
A levo até o estudio levando os seus brinquedos, pois ainda tenho de trabalhar. -Ficas aqui com o papai?-perguntei e a mesma concordou com a cabeça se sentando no chão, e fazer uma careta.
-A mamãe? -Ela tá descansando.-respondi, a mesma sacudiu os ombros e continuou brincando.
Estou a ver uma musica onde ja tenho a voz gravada e estou vendo instrumental e também brincando com a melodia. Alice olha tudo atentamente com o dedinho no queixo.
-Oque é? - ela pergunta. Como se explica para um ser de 2 anos q é um programa onde colocamos instrumental e voz e torna uma musica?
-É..é um sitio onde gravas a voz e vira musica.-não sei explicar melhor foi o máximo q consegui.
-posso fazer?
-oque você quer fazer? Quer que eu faça uma para você cantar? -a mesma acenou.
Quem liga para outros projetos sendo que tenho a oportunidade de fazer uma musica com a minha pequena.
-Oque vocês dois estão tramando?- me assusto com a entrada repentina da Ana.
-Alice vai virar a mais nova cantora com lançamento chegando ao top1 na primeira hora.- brinquei enquanto puxava a minha mulher para o meu colo enquanto ria da sua cara.
-É mamãe, eu vou cantar junto com o papai.- Alice bateu palminhas e nos dois rimos. (...)
Não é tão fácil fazer musica para uma criança cantar. Eu sou melancólico, falo sobre como o amor destrói mas também pode curar.
Acho que não é um tema muito legal para ela cantar.
Enfim enquanto estou aqui as mulheres da minha vida tão vendo um filme das princesas na sala. Quem diria que isso aconteceria?
Começo a batucar a mesa a busca de algo. Até que o riso da Ana Flavia é ouvido. Isso.
Vou fazer uma musica da Alice e eu para a Ana Flavia.
Depois disso ninguém me para. Estive a escrever a tarde toda até a hora de jantar.
-Ursinho. Ajudas-me a por a mesa? - a Ana entra no estúdio, e eu apenas concordo me chegando mais perto lhe roubando um selinho e dando uma apalpadela em sua bunda.-não me atiça Gustavo Massa- a mesma diz me roubando uma risada.
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Eu jurava q ja tinha publicado esse cap mas enfim.
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