{ 𝟐 𝐓𝐄𝐌𝐏 𝐃𝐄 "𝐌𝐄𝐔 𝐄𝐓𝐄𝐑𝐍𝐎 𝐒𝐇𝐄𝐋𝐁𝐘" }
Os anos podem passar, mas o legado de uma família sempre permanece. Hanna e John viveram sua grande história, e agora é a hora de passarem o seu legado e deixarem sua descendência escrever a su...
Noah sai para despistar o rei, me deixando sozinha no quarto com Phillipe, que sentado na poltrona solta um sorrisinho.
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— Que foi? - Reviro os olhos.
— Achei que fosse conhecer o seu quarto em outras circunstâncias. - Se acomoda na poltrona.
— É a primeira e última vez que você entra aqui, vossa alteza. - Ironizo.
— Você ainda vai me convidar pra entrar Shelby. - Apoia a cabeça na mão, com um sorriso convencido.
— Eu não vou transar com você Phillipe. - Continuo a procurar o kit.
— Que pena, nos divertiríamos muito juntos. - Não tira os olhos de mim.
— Só de te olhar, eu fico mais seca que o deserto. - Me viro para ele.
Deixando o mesmo sem palavras, observo ele morder o lábio inferior e segurar um sorriso, seu ego estava gritando e ele não podia fazer nada. Finalmente acho o kit de primeiros socorros e o pego em mãos, logo indo ao encontro do mesmo. Puxo uma das poltronas para perto e me sento de frente para Phillipe.
— Coloca sua perna aqui. - Aponto para minha coxa.
— Sim doutora. - Assente brincando.
— Se doer me avise. - Pego o álcool com algodão.
— Relaxa eu nem sinto essas cois....AIIII! - Grita de dor.
— Eu to vendo. - Gargalho.
O mesmo morde o lábio afim de abafar seus gritos e dar certo, me divertindo muito em ver o majestoso príncipe Phillipe chorar feito um bebezinho, eu apenas sabia rir. Essa situação durou até que eu terminasse de passar o álcool pela ferida que era consideravelmente grande. Após isso comecei a passear uma pomada cicatrizante com cotonete, enquanto um silencio pairava no ar.
— E o Jace? Vocês estão juntos? - Quebra o silencio.
— Estamos. - Permaneço focada.
— Oficialmente? - Arquea a sobrancelha.
— Ainda não. - Nego. - Estamos nos resolvendo.
— O casal perfeito... - Diz pensativo. - Pena que ele não é pra você.
— Isso não é você que decide, vossa alteza. - Olho para ele e sorrio com ironia.
— Porque ele parece ser bom pra você, e ele te faz sentir como você deveria. - Detalha, olhando fixamente pra mim. - E todos dizem "ele é unico", o amor dele parece ser verdadeiro.
— Para... - Cerro os olhos.
— Mas ele sabe que nos beijamos naquela noite? - Provoca.
— Eu te odeio. - Resmungo.
— Eu sei. - Assente, umedecendo os lábios. - Me excita.
Sua voz baixa e rouca soou em meus ouvidos como uma perfeita melodia da maior tentação que já tive que passar em minha vida. Totalmente desconcertada eu deixo a caixa cair sem querer e sem olha-lo nos olhos, me abaixo para pegar. Fugir foi em vão, já que Phillipe fez o mesmo e nossos rostos se encontraram.
