1. HECKLER E KOCH HK MG4 MG 43 MACHINE GUN

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Para Ket, que me mostrou o que era isso,
Para Andreia, que me ensinou mais sobre isso, mesmo quando eu apenas queria fugir disso.
E para todas as garotas que querem ser perfeitas enquanto escondem
o que acham ser seus defeitos.

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Notas da autora:

Olá minhas queridas leitoras sedentas por um dark romance com um ótimo desenvolvimento. Como eu disse, isso aqui é um DARK ROMANCE, então espero não receber comentarios negativos sobre essa obra autoral minha.
Antes de que possam experimentar esse paraiso sublime de gostos para quem adora militares fortes e marrentos, digo que teremos gatilhos como:
Abuso psicologico
Tentativa de abuso sexual
Abordagem de problemas psicologicos.

Não!! Não terá abuso sexual entre os protagonistas, então descansem.

Espero que possam chorar (não direi por onde) com esse dark romance +18 e que se apaixonem pelos personagens tanto quanto eu me apaixonei por Isaac.

Uma boa leitura, minhas garotas.
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Minha cabeça latejava ao adentrar no batalhão

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Minha cabeça latejava ao adentrar no batalhão. Eu estava disposto a pegar a minha pistola, Taurus GX4 XL e atirar na cabeça da primeira pessoa que aparecesse na minha frente, sem pestanejar. Ou talvez, eu atiraria na minha propria cabeça antes.

Bufei, indo a sala de treinamento ignorando qualquer ser humano que se aproximava e que eu imaginava que tentaria dizer até mesmo um "bom dia" para mim. Eu odiava as manhãs de segunda e sinceramente, imaginei não vir até aqui hoje. Mas pelo visto aquela velha da capitã, Morgana, que estava pra se aposentar, resolveu tirar folguinhas para cuidar da saúde e jogar seu trabalho sujo e sem noção de treinar sua substituta, novata que entrara a pouco tempo, em mim.

Chegando a sala de treinamento, logo me acomodo em uma cadeira no centro da sala, impaciênte. Escutei o chiado da porta e suspirei pesado como se estivesse dizendo "finalmente" subindo os meus olhos para encontrar a suposta subistituta. Logo recordo-me de que prometi atirar na primeira pessoa que aparecesse em minha frente, mas com toda razão, não esperei que fosse ser uma jovem morena, muito bem vestida com a farda, com a cabeça ereta enquanto os olhos curiosos se perdiam por toda a sala.

Analisei-a por inteiro, com um olhar rígido descendo por sua farda e pousando em seus pés. Serio mesmo? Saltos?
Soltei um muxoxo desaprovando totalmente a ignorância da pirralha de vir para cá com saltos. Não me lembro de ser staff do São Paulo Fheshion Week ainda.

- Desculpe-me pelo atraso, o Rio está uma bagunça hoje. - Falou as palavras com uma voz quase doce. Ouvi em como a frase saiu cortada e soltei um riso nasalado com deboche. - Não acredito que trouxeram uma mineira para o meu departamento. - Comentei enquanto balançava a cabeça em negação desacreditado. Não tenho problema algum com quem veio de Minas Gerais, mas as favelas de lá comoparadas com as do Rio de Janeiro, eram fixinha.

Me diverti vendo seu rosto se contorcer não gostando nem o pouco do que eu havia dito. - Se apresente. - Mandei inexpressivo deixando meu corpo cansado deslizar pela cadeira logo vendo a garota entrar em posição e continência. - Annabel Borges de Freitas, do grupo de atiradores de precisão.

Sua voz saia confiante como se estivesse me dando um sermão, ela estufou o peito e parecia toda de si. Acalme-se pirralha, você acabou de chegar. - Ok, Annabel... - Minha voz estava firme enquanto a analisava de novo. Levantei da cadeira e cheguei perto da garota. Vi seu rosto de desaprovação, pelo o que? Eu não sabia, mas não gostei nada disso.

- ...Vou te chutar pra rua se não tirar esses saltos agora. - Ordenei vendo como ela se esforçava para esconder a surpresa de como fui rude. - E melhore essa cara, não sou obrigado a te ver fazendo cara feia só por não estar satisfeita, pirralha.

Sua boca se abriu, ela queria protestar, mas sabia o seu lugar. - Me chame de Borges. - Me surpreendi com sua voz, quase mandava para que eu fizesse o que queria. - Annabel não...por favor. - Sua voz saiu como um sussurro no final da frase, mas ainda sim estava confiante como um comandante.

Sorri debochado achando graça da situação. - Não gosta do seu nome, hm? - Questionei tirando minhas proprias conclusões, vendo-a concordar com a cabeça. Ela era estranhamente irritante, chegando impondo até mesmo como queria ser chamada? - Não sei se entendeu ainda, limãozinho. - Minha voz transbordava a deboche e fiz o favor de dar ênfase no apelido zombando de seus brinquinhos de limão. - Sou eu aqui, quem da as ordens, entendeu? Tente me ensinar a como chamar alguem e eu prometo que faço com que perca essa caveira em sua farda. - Impus, o desgosto transparecia em minha voz. Farei o favor de monstrar a onde ela se meteu.

Ela suspirou, pesado. Com certeza não havia gostado de como eu havia falado. Segui com os olhos quando ela se sentou, no chão e retirou os saltos ali mesmo logo tirando um par de botas pesados da mochila. Enquanto a garota colocava fui até a minha pasta retirando de lá papeis com informações sobre a novata.

28 anos? Realmente uma pirralha. Pensei enquanto analisava as informções que continha na ficha de aprovação da garota. - Vejamos, aqui diz que você é boa em combates físicos e ótima com facas. Sua taxa com armas de fogo também...bom, não é nada mal, acho que...- Pausei franzindo o cenho vendo como colocou o cano alto da bota por baixo da calça. Bufei. - Cano da bota por cima da calça. - Mandei.

Movi meus olhos novamente para a ficha quando ouvi uma risadinha sarcastica findo da garota. - Algum problema? - Perguntei ríspido nem um pouco agradavel com a atitude dela. - Nenhum, senhor. Apenas não imaginei que se acharia bom ao ponto de mandar em como coloco o cano da minha bota. - Falou olhando diretamente nos meus olhos. Os olhos penetrantes castanhos claros quase me dopavam.

Cerrei o maxilar irritado. Ótimo! Uma segunda feira de folga perdida pra tomar conta de uma pirralha malcriada. Acho que isso acabaria mesmo em um feminicidio.

Me aproximei da garota, me sentindo superior ainda mais por tê-la sem os saltos a vendo como é baixa perante a mim. - Olha aqui, Annabel. - Falei seu nome com um tom nojento, provocando por não gostar dele, sentindo isso a afetando. - A porra da sua capitã me jogou pra cima dessa ideia maluca de te colocar como subistituta, então quem está no comando aqui, se não entendeu ainda, sou eu. - Aumentei a voz, espinhoso, estava estressado. - Se quer ser uma pirralha malcriada procure uma escola que te ensine como se comportar perante um superior. Se achou que iria encontrar a velha da Morgana aqui pra pegar leve com você, sinto em lhe dizer que se enganou, e saiba que só por agir dessa forma, vou fazer do seu preparamento um inferno.

Cuspi as palavras no rostinho, que por mais que delicado, escondia uma garota sem noção alguma. Ela apenas reprimiu os lábios, estava querendo me contrariar mas ela não podia fazer isso. Não mesmo. - Sim senhor. - Falou com desgosto na voz e eu sorri vitorioso.

- Vá até a area externa de treinamento, Gael estará te esperando. Você é boa mas para o seu grupo tem que estar melhor em combates a distância com armas do que físicos.

Comentei jogando sua ficha na cadeira e indo em direção a porta a vendo ficar parada no centro da sala. - E só pra constar, sou Isaac Mendes da silva. Me chame de Senhor Mendes. - Conti a raiva e sai da sala. Eu sentia as veias da minha testa pulsarem de ódio. Eu vou explodir a sala daquela velha maldita.

Amor ou Vingança?Onde histórias criam vida. Descubra agora