improbable

014

Kat's pov

-pronta kat?- Vinnie perguntou olhando pro bar em nossa frente.

-pronta- digo e Vinnie já ia em direção ao bar- ah antes, me de as chaves, se você ficar bebado eu vou dirigir- ele para por um tempo e joga as chaves, como não sou nada atlética, quase pego as chaves, mas deixo elas caírem perto do pneu.

Vinnie ri ao me ver pegar a chave o mais rápido possível
Ele deixa a porta do bar para que eu entre, mas antes esbarro meu cotovelo em seu estômago

-e o melhor que consegue fazer?- ele pergunta mal se contraindo.

-nossa eu te odeio- digo

-não, você não odeia- diz com um resmungo atrás de mim.

Vejo um tubarão saindo da parede e vejo como o restaurante é brega, e paro imediatamente fazendo Vinnie chocar em minhas costas.

-que merda Kat- Vinnie reclama

-olha pra esse lugar- digo e ele franze o cenho.

-só é diferente- ele diz e então me viro tentando sair- eu gostei daqui, pare de ser chata
Vinnie diz me levando a uma mesa nos fundos e começa a vasculhar o cardápio.

-vocês querem beber ou só comer?- o garçom pergunta.

-se ficarmos por muito tempo, você terá que comer algo- digo

-acabei de comer tacos- ele responde

-você tem tipo um metro e oitenta, e pesa sei lá uns noventa quilos? um taco não vai sustenta—

-vamos dar uma olhada- Vinnie diz é o garçom sai

Pedimos as bebidas, então estudando-me, Vinnie apoia seus cotovelos na mesa.

-está se divertindo?- ele perguntou e finjo estar concentrada no cardápio.

-shh estou lendo- digo de olho no cardápio.

-qual é? podemos conversar—

-o quê?- pergunto com minha melhor expressão confusa.

-troca de palavras. Sem papo furado- ele diz- eu pergunto algo, você responde. Depois você me pergunta algo.

-tudo bem- Vinnie começa a me encarar- meu deus o que? Faça a pergunta.

-eu já fiz, você está se divertindo?- ele diz calmo.

-sim, estou- respondo- e você está se divertindo?

-estou- ele diz simples.

-isso foi um belo progresso- digo pegando meu copo d'água.

-qual foi a última vez que namorou?- ele pergunta e me engasgo com o cubo de gelo.

-evolução rápida- digo pondo o copo na mesa- não quero falar sobre minha vida amorosa.

-mas eu quero saber, somos meio que amigos agora não é?- ele diz e me seguro pra não soltar uma risada.

-e eu te massageei ontem- ele diz bebendo água do meu copo.

-tem como parar de me lembrar disso?- digo

-mas você gostou- ele diz- é serei convencido assim até você admitir.

-nunca vou admitir- digo pondo meus cotovelos na mesa também.

-eu te massageei e você adorou! um toquezinho meu você se arrepiava todinha, admita que você sentiu praz- ele dizia até interrompê-lo

-tá bom caramba! eu gostei da sua massagem, satisfeito?!- digo e ele sorri encostando em sua cadeira.

-sim, mas continuarei sendo presunçoso- ele diz e ponho minha cabeça pra trás- ainda mais agora que você admitiu.

(...)

  No fim das contas, Vinnie é um bêbado fofo e estranho, suas bochechas são rosadas, seu sorriso é permanente e mesmo falando de grace, ele continua risonho.

-eu não gostava muito dela, porque estava disposto a ser o cara que ela queria, e não o cara que eu era- Vinnie diz apontando pra mim- você não gosta dela né?

-não, nem um pouco- digo e Vinnie solta uma risada alta
  
    Percebo que estou olhando pra ele com carinho ostensivo quando ele se inclina pra frente e toca meu queixo cuidadosamente com a ponta do dedo.

-você está me olhando como se gostasse de mim-ele diz

-são esses óculos que você está usando- digo tirando os óculos dele- eu odeio você tanto quanto antes.

-sério?- Vinnie perguntou erguendo a sobrancelha.

-sim- minto.

-pensei ter massageado suas coxas muito bem, bem o suficiente para pelo menos ter passado pra categoria de forte antipatia—

-mais um?- o garçom pergunta.

-chega!- digo após o "psiu" bebado de Vinnie.

   Peço ajuda a Dan, o garçom para me ajudar a levar Vinnie até o carro. O loiro não está só bêbado, está bem amigável. Ele comprou uma bebida pra algum homem e cumprimentou cerca de quarenta estranhos.
    Ele fica incrivelmente tagarela durante o caminho sobre sua cachorrinha Dora que teve na infância e como ama fazer massagem em mim, o que foi bem constrangedor.

    Ao chegarmos no hotel, Vinnie está muito bebado, mas está mais controlado. Passamos pelo saguão com apenas algumas paradas para que ele possa fazer amizade com mais estranhos
    Ele para e da um abraço num dos manobristas que nos ajudou no check-in. Dou um sorriso de desculpas por cima do ombro de Vinnie e verifico o nome em seu crachá "Matteo"

-parece que o casal está se divertindo- Matteo afirma

-até demais- digo sorrindo e me inclino em direção a rota de fuga, quero dizer ao elevador- vou leva-lo pra cima.
   Vinnie ergue um dedo  e gesticula para Matteo se aproximar.

-quer saber um segredo?- Vinnie pergunta e Matteo se aproxima sorridente.

-claro—

-eu gosto dela- Vinnie sussurra

-espero que sim- Matteo sussurra de volta- ela é sua namorada.

   Minha cabeça está explodindo "ele está apenas bebado" digo a mim mesma "são apenas palavras de bebado"

   Em segurança na suíte, não posso deixar Vinnie capotar, ele vai acordar com muita dor de cabeça.

-estou tão cansado- ele geme

-de passear e beber?- digo e Vinnie sorri.

-seu cabelo está lindo- ele disse soltando meu cabelo dos grampos e prendedor, me deixando toda descabelada- mas não foi isso que eu quis dizer

   Uma mecha de cabelo cai sobre o olho de Vinnie e fico bastante tentada para tirar. Sabe, pelo conforto.
    Ergo a mão e tiro com cuidado o cabelo da testa dele. Vinnie me olha com tanta intensidade que fico com a mão paralisada em sua têmpora.

-o que você quis dizer então?- digo baixinho, tirando minha mão de sua testa.

-é muito difícil fingir que te odeio- ele diz sem quebrar o contato visual por um segundo.

-você não me odeia?- pergunto

-não- ele balança a cabeça dramaticamente- nunca odiei.

-sempre quis ter algo a mais com você- ele diz contornando minha boca com o dedo indicador.

-a mais?- pergunto confusa.

   Com um olhar flutuante, Vinnie ergue sua mão e começa a brincar com meus cabelos, então sua mão se fixa em minha nuca, puxando-me para ele e nem tento resistir.
    Depois de alguns beijos curtos e exploratórios, há um alívio desenfreado, com pequenos sons de surpresa vindo dos dois
    Vinnie está com gosto de álcool barato, mas sem dúvida o melhor beijo que já tive.
   Afastando-se um pouco, ele pisca para mim e diz:

-sim kat, a mais—

   Preciso de um médico, meu coração está aos pulos, quase saindo pela boca.
    Vinnie fecha seus olhos e me puxa para baixo, para seu lado da cama, juntado seu corpo junto ao meu. Não consigo me mexer, mal consigo pensar. Sua respiração se equilibra e se afoga num sono e quando meu chega muito mais tarde.