O sorriso de Kara foi interrompido por luzes vermelhas piscando repetidamente na sala. Uma coisa que ambas havíamos esquecido era a questão das câmeras de vigilância, sons de alarme foram ouvidos.
A expressão da morena logo se transformou em preocupação e medo. Ficamos paralisadas, sem ter ideia do que fazer.
Ainda segurava aquela possível carta em minhas mãos, rapidamente a dobrei e a guardei no bolso da calça.
O som da porta pôde ser ouvido, e junto com ele, dois homens entraram na sala. Um deles pegou meu braço com firmeza, enquanto o outro fez o mesmo com Kara.
─ Vocês estão em apuros, garotas. ─ Um dos homens falou, puxando-me para fora da sala.
O segundo homem também puxou Kara para fora da sala. Ela me olhou, claramente assustada com a situação, seu olhar revelava arrependimento por ter entrado naquela maldita sala apenas por curiosidade.
Os homens nos conduziram a uma sala de laboratório, onde fomos deixadas em duas cadeiras com uma mesa repleta de produtos químicos. Amarraram nossas mãos e pés com fitas, prevenindo qualquer tentativa de fuga.
─ Espero que não sejam burras o suficiente para tentar escapar. Fiquem aí. Vamos chamar o Alex para vocês. ─ Um dos homens disse, dirigindo-se à porta de saída do laboratório.
Os dois homens saíram da sala, deixando-nos sozinhas.
─ Desculpa te colocar nessa situação, foi culpa minha. ─ Kara suspirou.
─ Tudo bem, concordei em entrar na sala, então meio que a culpa é das duas.
Kara assentiu, desviando o olhar para alguns frascos com substâncias químicas na mesa à nossa frente, me encarando com um sorriso.
─ Tá me olhando assim por quê?
─ Olha isso. ─ Apontou com a cabeça.
─ Sim, são apenas frascos com algumas substâncias.
─ Parecem bem perigosas pra mim.
─ Onde você quer chegar com isso?
─ E se nós pegarmos isso? Podemos usar contra os seguranças.
─ Ah, claro, porque nós vamos conseguir pegar isso com nossas mãos amarradas, né? ─ Disse sarcasticamente.
Kara levantou as mãos, que já estavam soltas das fitas, em uma das mãos, segurava um pequeno canivete.
Arregalei os olhos, abrindo um sorriso.
─ Eu sempre ando com ele.
─ Onde achou isso?
─ Roubei de um segurança um dia.
Rapidamente, a morena soltou minhas mãos da fita, logo livrando também os meus pés.
Kara pegou um dos frascos, balançando-o levemente.
─ Cuidado com isso, pode ser perigoso.
─ Relaxa, tá tudo bem..
A garota foi interrompida por uma gota do líquido caindo na mesa de ferro, fazendo o objeto derreter.
─ Porra.
─ Eu disse.
Barulhos de passos foram ouvidos, Kara correu em direção à porta, me fazendo franzir a testa de confusão.
─ O que tá fazendo!? ─ Sussurrei alto.
─ Só confia no processo.
A garota se agachou em frente à porta, os passos estavam cada vez mais próximos, meu corpo congelou.
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DREAM OR NIGHTMARE?, ellie williams
Romance𝗗𝗥𝗘𝗔𝗠 𝗢𝗥 𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧𝗠𝗔𝗥𝗘? Nos recantos da mente, os sonhos dançam em harmonia, enquanto os pesadelos espreitam nas sombras da noite. - enemies to lovers.