***Oie! Essa eh uma angst/fluffy pq alguém me pediu uma da Verônica se arrebentando de ciúmes da Anita.
Espero que essa one fique conhecida como 'O dia que Anita Berlinger foi mais injustiçada do que Jesus.'
E aí, quem vai pagar a terapia dessas queridas?
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Verônica a odiava - a delegada de crimes virtuais - no caso. A escrivã já a conhecia. O antigo delegado, um senhor, amigo de Carvana, que se aposentou muito antes dele, tinha dado lugar a uma delegada, muito mais jovem, antenada, capaz de lidar com as demandas.
Veronica a odiava.
Ela odiava odiá-la na verdade, mas não conseguia evitar. Não depois que a delegada começou a ter mais contato com Anita.
A mulher era morena, alta, de cabelos cacheados, muito bonita - Verô percebera - e tinha certeza que Anita também tinha notado, claro.
Por mais que a escrivã fosse contra a concorrência entre mulheres - nem fazia ideia se a delegada via Anita com esses olhos - seu lado irracional falava mais alto. Sempre falava, não é mesmo?
Toda vez que Anita abria a porta de sua sala e dava espaço para ela passar, com um mini sorriso - que Verônica reconhecia muito bem que vinha após uma risada aberta da loira - Verônica sentia seu sangue ferver.
A escrivã poderia reclamar? Racionalmente não. Anita nunca tinha dado motivos desde que elas expuseram o relacionamento para todos, e isso já tinha quase 2 anos. Mas, como dito, Verônica não era muito conhecida por agir racionalmente.
Ultimamente essas reuniões vinham durando horas. Um caso especialmente complicado sobre crianças aliciadas na internet que fugiam de casa. Era uma quadrilha que já tinha sido desmantelada com a união das delegacias, mas algumas crianças ainda estavam sendo encontradas. Por isso as reuniões vinham se repetindo semanalmente, às vezes de 3 em 3 dias.
Veronica nem sabia o por que, mas o sangue dela fervia. Não era nada, não é mesmo? Ela repetia como um mantra. Mas também faziam 2 semanas que ela e Anita não se encontravam, por assim dizer, fora da delegacia. E aquilo estava enlouquecendo Verônica.
Mesmo sem saber dos pormenores, Lima sorria safado quando via as delegadas juntas. Tarado desgraçado. Verônica pensava. Nelson jurava que nada parecia estranho. Prata já repetira 10 vezes como sáficas eram muito mais ciumentas e ele achava engraçado. Verônica quis enforcá-lo.
Mas hoje, na última das 3 reuniões semanais, a delegada de crimes digitais saíra e Verônica tinha assistido Anita lhe vestir o casaco, antes pendurado em um gancho, dar um pequeno aceno de tchau e entrar na sala novamente, sem nem dirigir o olhar para a escrivã.
Verônica sentiu seu sangue borbulhar a ponto de quase explodir. Levantou de sua posição quase no mesmo momento e rumou em direção a sala da loira sem se importar com nada.
Anita ainda estava de costas, seguindo para a sua mesa quando Verônica entrou e bateu a porta. A delegada se virou em um pulo, olhos franzidos, mão ao coldre - que logo soltou ao ver que era a escrivã.
- Que susto Verônica, porra! - disse se acalmando olhando para a escrivã em dúvida. - O que aconteceu?
- O que aconteceu? - A escrivã repetiu com escárnio. - O que aconteceu?! Que porra é essa entre você e a delegada de crimes virtuais?
A essa altura, Anita já tinha sentado em sua cadeira e ao ouvir Verônica não conseguiu evitar ficar boquiaberta. Igual uma idiota, Verônica pensou com raiva.
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coletânea veronita
FanfictionUma série de one-shots sem linha temporal. Devaneios da minha cabeça geralmente durante a madrugada. PWP, Fluffy, Angst, Domestic e qualquer coisa que venha a cabeça. Podem mandar sugestões também.