A recuperação de Miguel corria tranquilamente, ele seguia todas as instruções de Isabel e no dia que foi transferido para o quarto Pilar lhe esperava com uma caixinha peculiar que foi entregue a ele e não entendeu nada.
– Você quase me matou do coração senhor contador, mas agora precisa se recuperar mais rápido que puder.
– Amazona? – abriu a caixa e arregalou os olhos de surpresa.
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– Agora vamos ter que casar meu amor – sentou ao lado dele e beijou seus lábios com cuidado.
– Eu sou o homem mais feliz do universo, ter nossa filha e você ao meu lado já me completavam, mas esse bebê veio como um sinal de que nossa história ainda tem muita coisa pra ser vivida – pousou suavemente sua mão no ventre dela e sorriu como bobo.
– Menino ou menina? – olhou ele curiosa por sua resposta.
– Sou pai de menina, não precisa nem de ultrassom para confirmar isso, eu sei que vem por aí nossa Maria Fernanda, a Mafê dois ponto zero – disse sem perceber, seguiu só o seu coração.
– Miguel você não existe, meu coração é seu _ abraçou ele com cuidado para não machucar.
Miguel se recuperou lento, Pilar já mostrava em seu ventre que logo teria um membro da família. Geni estava entrando de férias na escola e começaria a ajudar mais ativamente nos trabalhos da fazenda. Isabel logo entraria de licença maternidade, estava com nove meses completos. Afonso mal deixa ela trabalhar, somente a deixava ir se fosse realmente necessário.
Ela deu alta para Miguel, mas ele precisava de cuidados ainda e por isso fez as solicitações de fisioterapia e acompanhamentos com a ortopedia. Agora Miguel tinha que se dedicar a fisioterapia, o hospital indicou a melhor, seu nome era Frida Cervantes e estava voltando da capital onde tinha acabado de se divorciar de um homem tóxico e preguiçoso que sempre lhe maltratava psicologicamente, a ultima vez que viu ele foi para interpor uma medida restritiva. Quando chegou no haras viu que todo lugar tinha ficado majestoso, lembrou de Mafê que sempre lhe deixava passear a cavalo enquanto o pai resolvia a contabilidade com Alfonso.
– Você deve ser a doutora que vai tratar o patrão verdade? – Artemio foi quem se aproximou dela.
– Sim, eu sou a fisioterapeuta que vai tratar o senhor Miguel Cervantes, vim por indicação do hospital, a doutora Isabel me colocou no caso dele.
– Ah dona fisioterapeuta, venha por aqui – foi na frente seguida por ela.
Miguel usava as muletas sem muito jeito, tinha a perna sem os ferros ou gesso, agora era uma questão de mobilidade e voltar a pisar no chão sem sentir dor. Estava na cama quando a fisioterapeuta chegou junto a Artemio. Que saiu logo depois e deixou os dois sozinhos.
