005 - O CARRO VOADOR

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O fim das férias de verão chegou muito depressa para o gosto de Annabeth

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O fim das férias de verão chegou muito depressa para o gosto de Annabeth. Ela estava ansiosa para regressar a Hogwarts, mas aquele mês n'A Toca fora o mais feliz de sua vida. Era difícil estar longe dos avós, é claro, e também não podia nem imaginar o que sua avó faria quando voltasse, mas tentava não pensar nisso.

Na última noite de férias, a Sra. Weasley fez aparecer um jantar suntuoso que incluiu todos os pratos favoritos de Annabeth e Harry, terminando com um pudim caramelado de dar água na boca. Fred e Jorge encerraram a noite com uma queima de fogos Filibusteiro; encheram a cozinha de estrelas vermelhas e azuis que ricochetearam do teto para as paredes durante no mínimo uma hora. Então chegou a hora da última caneca de chocolate quente e de ir para a cama.

Eles demoraram para viajar na manhã seguinte. Acordaram ao nascer do sol, mas por alguma razão pareciam ter um bocado de coisas para fazer. A Sra. Weasley corria de um lado para outro mal-humorada, procurando meias desparelhadas e penas de escrever; as pessoas não paravam de dar encontrões nas escadas, meio vestidas, levando pedaços de torradas nas mãos; e o Sr. Weasley quase quebrou o pescoço, ao tropeçar em uma galinha solta quando atravessava o quintal carregando o malão de Gina até o carro.
Annabeth não conseguiu imaginar como é que nove pessoas, seis malões, duas corujas e um rato iam caber em um pequeno Ford Anglia. É claro que ele não contara com os acessórios especiais que o Sr. Weasley acrescentara.

– Nem uma palavra a Molly – cochichou ele a Annabeth quando abriu a mala do carro e lhe mostrou como a aumentara por artes mágicas para que a bagagem coubesse sem problemas. Quando finalmente todos tinham embarcado no carro, a Sra. Weasley olhou para o banco
traseiro, onde Annabeth, Harry, Rony, Fred, Jorge e Percy estavam sentados confortavelmente lado a lado e disse:

– Os trouxas sabem mais do que nós queremos reconhecer, não é? – Ela e Gina entraram no banco dianteiro que fora aumentado de tal maneira que parecia um banco de jardim público. – Quero dizer, olhando de fora, a pessoa nunca imaginaria como o carro é espaçoso, não é?

O Sr. Weasley ligou o motor e saiu do quintal, enquanto Harry se virava para trás para dar uma última olhada na casa. Mal teve tempo para pensar quando a veria outra vez e já estavam de volta: Jorge esquecera a caixa de fogos Filibusteiro. Cinco minutos depois, tornaram a parar no quintal para Fred ir buscar depressa sua vassoura. Tinham quase chegado à rodovia quando Gina gritou que deixara o diário em casa. Na altura em que tornaram a embarcar no carro eles já estavam muito atrasados e muito mal-humorados.

O Sr. Weasley olhou para o relógio e depois para a sua mulher. – Molly, querida...

– Não, Arthur.

– Ninguém veria. Esse botãozinho aqui é um multiplicador de invisibilidade que instalei, isso nos faria decolar e voar acima das nuvens. Estaríamos lá em dez minutos e ninguém saberia...

– Eu disse não, Arthur, não em plena luz do dia.

Eles chegaram à estação de King's Cross às quinze para as onze. O Sr. Weasley disparou até o outro lado da rua para buscar carrinhos para a bagagem e todos correram para a estação.

𝗦𝗨𝗥𝗩𝗜𝗩𝗢𝗥𝗦 - 𝑯𝒂𝒓𝒓𝒚 𝑷𝒐𝒕𝒕𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora