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— falcão /📍morro do complexo da maré

—vambora filhos da puta corre, polícia tá batendo — digo com 3 sacos de dinheiro na mão pulando dentro do carro

goiabinha - caralho, essa foi por pouco em irmão — goiabinha diz rindo e fazendo um toque comigo enquanto Lzin acelera o carro com tudo dando fuga nos cana

assalto ao banco, mais uma madrugada normal no mundo do crime; entrei pra essa vida novo e tô aqui hoje como um dos frente do maior assalto do ano

—filho da puta presta a atenção nessa porra, quero chegar com ninguém desse carro morto no morro não tão me ouvindo? — gritei quando goiabinha quase tomou um tiro dos cana

Lzin - para de gritar e troca com eles então  caralho — disse quando já estávamos chegando na entrada do morro

como tava dizendo, entrei novo pra essa vida 9 anos, porra eu era uma criança mais vi a situação apertando em casa minha irmã passando fome sem ter oq comer minha mae indo catar lixo pra dar oq comer pra minha irmã de 5 anos de vida

não consegui, tive que fazer alguma coisa pra ver elas bem e foi aí que vi o tráfico , com apenas 12 anos parece que foi ontem...

flashback on

— tio, posso trabalhar com vocês ? — perguntei pra um cara armado na frente da boca

— que papo é esse menorzin? tu tem quantos anos? tua mãe sabe que tu tá aqui? — o cara me respondeu

— pô tio— cocei a cabeça enquanto ele me olhava — tenho 12 anos só tá ligado? minha mãe tá por aí catando alguma comida no lixo pra mim e minha irmãzinha comer

— que papo é esse menor? onde tu mora ? — perguntou

— pô moro lá na casa abandonada no beco 3 — respondi— quero nada não tio, só quero poder trabalhar pra ajudar minha mãe e minha irmã ter pelo menos oque comer, minha mãe foi mãe nova com 11 anos tava com eu no braço e hoje tem minha irmã de 5 anos pego a visão? ver elas nessa situação não é legal não pô, só quero um trabalho tio.

o cara me olhou com atenção e pô tava mentindo não, odiava ver minha mãe e minha irmã naquela situação, minha mãe tem só 23 anos por mais que eu sou novinho sei dos bagulhos e também sou esperto pra caralho, moro em favela tive que ser esperto pra não morrer mesmo sendo inocente

— entra aí menor, vou te levar pra falar com o chefe e ver oq ele desenrola pra tu— falou de cara fechada me levando pra uma salinha daquele corredor cheio de portas

terrorista — qual foi do b.o , oque aconteceu com a cria ? — o chefe, dono do morro todo que eu só tinha visto uma vez em nove anos estava ali perguntando pro cara que me trouxe até ele — responde coringa caralho!— gritou com o cara cujo vulgo coringa.

coringa — fala aí menorzin– deu um tapinha de leve na minha nuca e eu comecei a falar e contar toda história

terrorista — menor, tu é novin e vi que tu não tem medo e fala com firmeza, mais não posso te por no corre assim não, tu é uma criança, oque eu posso fazer é te ajudar te colocando numa casa melhor e arrumando um emprego pra sua mãe

— mais tio, eu quero entrar no corre, a ana lia só fica quieta com minha mãe se minha mãe sair de perto lascou— disse nervoso em não conseguir ajudar minha mãe

terrorista— então bora fazer um seguinte, tu vai entrar no corre mais não vai se envolver tá entendendo? - confirmei mesmo sem entender – tu vai escolher uma casa que vai estar disponível q eu vou mandar um menor te levar e vou te dar 250 reias por semana– sorri feliz, 250 reias pode não ser muito mais vai ajudar a comprar o leite de casa pra lia e ainda por semana? po fiquei feliz

— po tio, vai ajudar muito, brigadao mermo— falei com ele

terrorista — se liga , tu vai fazer entrega demorô? tem bicicleta? — neguei com a cabeça — jae os menor vai te dar uma , tu vai entregar comida da cantina da dona maria e se precisarem, papo de último caso tu vai entregar uns cigarro e vai receber 100 reais a mais falou? — concordei e olhei pra cara do coringa q me abraçou de lado — e outra, quero você na escola menorzin tu vai estudar e depois da escola vai fazer os corre.

flashback off

e foi assim que entrei pro mundão, dona lisa não gosta muito não mais proporciono vários bagulho da hora pra ela e pra lia então eu fico felizão pô a felicidade delas é a minha

goiabinha — qual foi que tá marolando aí ?— deu um tapa no meu braço

— se fuder cuzão — mandei dedo pra ele— bora, levem o dinheiro pra salinha de contabilidade pro chefe fiscalizar e podem ir embora

falei subindo pra minha casa...

perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora