Quando as crianças nasceram, os pais brincaram sobre como seria se eles acabassem namorando.
Acho que eles não imaginavam que realmente pudesse acontecer.
Mas Beatriz e Benício não conseguiram fugir.
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Me abaixei pegando as chaves reservas e entrei para dentro do apartamento, me direcionando ao sofá confortável e me jogando no mesmo. Mas eu não tinha somente o privilégio de deitar e dormir, as provas finais estavam chegando e eu tinha que estudar.
Então, era isso que eu faria.
Quando o relógio bateu as 16h, pude ouvir o barulho das chaves do lado de fora e então a porta se abriu, revelando o homem alto de uniforme do West Ham, ele sorriu abertamente ao me ver e eu corri até ele, pulando em seu colo.
—Ai que saudade.. – ele diz largando a mochila na entrada e caminhando comigo até o sofá. — Que saudade desse cheiro, que saudade dessa boquinha linda. – recebo incontáveis selinhos e dou uma risadinha em cada um deles.
—Eu também estava com saudade. – digo fazendo bico e ele sorri.
—Não mais que eu, te garanto.. – ele me afirma e eu sorrio, beijando seus lábios mais uma vez.
—Você já pensou se vai ir comigo no orfanato amanhã? – pergunto.
—Vou. – ele sorri.
—E como vai fazer para os mosqueteiros não virem juntos?
—Eu disse que vou ir ver uma menina hoje a noite. – franzo o cenho, sentindo o ciúme me atingir, ele ri. — Hum, eu conheço esse biquinho..
—Nem vem. – digo séria e faço ele rir.
—E aí. Ansiosa pela chegada das cartas? – ele me pergunta, agarrado em mim.
—Se é que alguma vai chegar.. – digo triste, ele ri.
—Vai. Claro que vai. – seus lábios beijam meu maxilar. — Você sabe que vai, eu sei que vai. Suas notas são ótimas, sua média é incrível e você é linda.
—Lindo. – selo seus lábios.
—E como nós vamos fazer caso você vá pra bem longe? Não acha melhor falarmos sobre tudo isso com os nossos pais? – ele me pergunta.
—Sim. Acho. – concordo. — Só.. não quero passar por isso agora. Tudo bem?
—Claro. Vamos esperar então. Mas.. quero que seja logo, ok?
Concordo. —Tá bom, bê.
—É porque eu quero muito, muito ser o seu par na festa de formatura. – seus lábios beijam meu dedo anelar da mão direita. — E colocar uma aliança aqui.
—É.. eu também quero isso. – selo seus lábios.
Anoiteceu rápido e logo eu estava em casa, mamãe e papai (richarlison) preparavam o jantar semanal.
—O papai vem? – pergunto do outro pai.
—Não. Ele está cheio de trabalhos. – concordo com o meu pai e suspiro.
