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Daniel pega uma xícara de café e vai tomar o líquido na sacada do Pedregulho do segundo andar.
O residencial popular estava mais bonito do que nunca depois da reforma que o governo do Rio de Janeiro juntamente com o governo federal anos atrás.

O lugar se destacava por sua arquitetura ímpar e de uma beleza majestosa , o azul era o que mais chamava atenção e também os enfeites de natal , pois era o dia 23 de dezembro um dia antes do Natal.
Momento que as famílias celebravam com o peru caríssimo mas ali na comunidade isso era raridade , a maioria comprava galeto feito ou frango na promoção, bem vindo a Periferia onde se conta as moedas e todo mês fica uma conta para pagar no mês posterior.

Ele contempla as paisagens lindas do Rio , dava para ver de longe o trem da linha vermelha, o Aeroporto Santos Dumont mais ao longe o Arpoador e a Pedra da Gávea.
Daniel queria visitar de novo a Floresta da Tijuca uma área ambiental de 39 km caracterizada por suas belezas naturais como árvores e rios , cachoeiras , um lugar que muitos faziam trilha.

De repente ele vê o seu bairro São Cristóvão como um lugar bom de morar , o Rio era um lugar mágico apesar de ser perigoso.

Daniel se lembra do seu pai que mora longe , um dia o pai foi ajudar uma senhora rica na Avenida Brasil a trocar o pneu e acabou trocando de esposa , ninguém sabe se foi por amor ou teve dinheiro envolvido no meio.
Sempre o dinheiro mudando vidas as vezes nem sempre para melhor.
Agora Juba , pai de Daniel vivia em Angra dos Reis era dono de uma linda Pousada com a esposa.

Ele não era um pai presente mas dava uma pensão de 3 mil reais que era gasto com comida para ele e sua irmã Laura uma jovem de 15 anos que não via a hora de achar um namorado.

Daniel inspira o ar puro , o sol batia em sua face um canhorro passava pelo corredor do residencial era Balinha o mascote do pedaço.

Balinha se aconchega no pé de Daniel , ele sorri e acaricia o cão arteiro.

—Balinha tu devia perturbar a Sofia no térreo, aquela garota vive no meu pé.

O cachorro late. Parece que ele não gostava da Sofia , que cachorro genioso.

Sua mãe fica escorada na porta.

—Filho depois vem me ajudar no almoço.

—Mãe eu sou bonito , nem devia fazer nada.

—Coragem Brad Pitt.

A mãe ri e entra no apartamento novamente , de repente Daniel vê lá embaixo um caminhão de mudança e tinha duas jovens cansadas de descer as coisas do caminhão , tinha uma senhora brigando com um homem barrigudo para ajudar na mudança mas ele ficava entretido no celular.

" Esse barrigudo devia ajudar as garotas , que encostado de merda.
Se fosse conhecido meu ia ouvir umas verdades"

Ele nota que uma jovem era tímida mas de longe via sua beleza e seu encanto , já a outra jovem era mais elétrica.

" Essa deve ser a doida do grupo pelo visto , a outra tem cara de nerd meu Deus só faltava os óculos fundo de garrafa, não gosto de meninas nerd elas são muito inteligentes, eu não sou tão inteligente assim "

Sua mãe nota que o filho está demorando e volta na sacada , vê os vizinhos novos.

—Filho vai ajudar eles.

—Eu não mãe.

—Vai , se não o papai Noel esquece de trazer seu presente.

Vilma
conseguia convencer o filho rápido com sua doçura e bondade.
Daniel não era a ter atos nobres regularmente , só de vez em quando , momentos esses que a consciência martelava como uma onda gigante.

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