Joseph
Estava tão cansado do trabalho e de tudo que aconteceu esses últimos dias, que quase dormi no volante. Eu só queria chegar em casa - casa da Katy - e dormir como se não houvesse amanhã. Mas minha realidade era completamente diferente, agora eu precisava me concentrar na estrada e chegar o mais rápido possível.
Vi Jonathan dormindo calmo, olhei para Katy que despertava lentamente quando um caminhão passou fazendo um barulho do caralho.
Ela olhou em volta com uma careta confusa e os olhos entreabertos.
Estralou seu pescoço fazendo mais uma careta super estranha.
Observei tudo com as sobrancelhas franzidas.
-Tudo bem? - Perguntei.
-Sono.
-Mais uma hora de viagem e em breve vamos chegar ao nosso destino.
A encarei esperando respostas, porém a única coisa que encontrei foi seu rosto fechado.
-Katy?
-Da pra você se concentrar nessa merda de estrada e calar a boca!
Arregalei os olhos e ela fez o mesmo.
-Meu Deus me desculpe! - Continuei surpreso - Eu não quis dizer isso, Joseph. Foi tudo no calor do momento, eu estou com sono e de tpm. Então não me culpe por tratar você de forma grosseira, eu preciso de...
-Calma, Katy. Tudo bem.
Parece que algué fica irritada quando não dorme direito.
-Quer comer alguma coisa? - Perguntei ao ver uma lanchonete aberta.
-Preciso de um hambúrguer com batatas fritas e milkshake. E chocolate, obrigada.
Parei o carro em frente do estabelecimento, entrando no local logo em seguida para comprar o pedido da Katy. Comprei algo para o Jonathan e eu também.
Saí do lugar com as mãos cheias de coisas, em frente do lugar havia um posto abandonado com vários adolescentes bebendo e fumando.
Ui.
Ela olhou para as minhas mãos com os pequenos olhinhos brilhando, não demorou muito para ela atacar aquilo.
Não estava surpreso, cresci com quatro mulheres, sei muito bem como é.
-Melhor? - Perguntei comendo a minha batata frita, não vou correr o risco de comer a da Katy e levar um tiro na cabeça.
Ela assentiu.
Meu celular tocou, o brilho revelou o nome da última pessoa que eu queria falar nesse momento.
-Não vai atender?
Olhei mais uma vez para a tela antes de suspirar alto e atender.
-Fala.
-Espero que esse mau humor seja por conta do trânsito.
-Rápido.
-Calma calabreso, só queria saber se você já está vindo.
-Já.
Olhei para Katy que comia os bombons de chocolate tranquilamente.
-Sozinho?
-Não.
-Com quem?
-Não é da sua conta.
-Seu filho e noiva?
-Era só isso? Vou desligar.
Ouço uma risada sarcástica.
A raiva e estresse se instalou no meu corpo quando ele falou antes de desligar:
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O Acordo
Aléatoire1° livro da série "Heranças da Máfia". Dona de uma das maiores empresas de queijo da Irlanda, a família Mendes trabalhou durantes anos para erguer o império e continuar com a fama. Mas tudo muda quando a empresa da família começa a falir, assim como...