CINCO

4 1 1
                                    

Leia esse capítulo com cuidado, entrando na história, e com bastante atenção em cada palavra.
Escute a música deja vu de Olívia Rodrigo, para melhor experiência.


Peguei o elevador e desci até a recepção.
–Amiga, eu vou ter que voltar pro Brasil...–Hillary falou quase chorando.
–Ué, mas porque?–Questionei abraçando ela.
–Meu pai, Tina, meu pai...

A Hillary era minha melhor amiga, desde o maternal, nós éramos muito próximas, mas ela teve que viajar uma época e quando voltou, nós nos reaproximamos. Meu afeto pela Hillary é imenso, e ve-la ter que desistir do seu sonho de advocacia, por conta das escolhas do seu pai, me deixou totalmente acabadas. Ver minha amiga chorar, por conta de um sonho não realizado, e um sonho eliminado. Combinamos de nos formar juntas, mas esse sonho não foi completado.
Vou sentir muito a falta dela...

(...)

Vi a Hillary, fechando sua mala, e olhando para mim com os olhos cheio de lágrimas, seu sorriso era tão lindo...Mas estava forçado naquele momento...
– Não desista do seu sonho, e não deixe ninguém destruí-lo, eu voltarei para te ver.–Ela falou chorando e me abraçando.
Ficamos alguns minutos abraçadas, e ela saiu pela porta, me cortando o coração...
Me deitei no sofá, e veio um flashback em minha mente, sobre minhas memórias com a Hillary.

Amiga, eu já terminei, deixa eu ver o seu.– Mostrei meu papel para ela. Eu fiz um bolo e um monte de corações.
– Nossa, que lindo! O meu é uma flor olha.– Hillary me mostrou o dela.
– O seu tá perfeito, amiga.
– Vem vamos brincar de pega-pega no quintal.
Eu corria pelos corredores da casa, saindo pelas portas do fundo, dando de cara com a grama verde, e um jardinzinho de tulipas. Corri entre as flores e Hillary correndo atrás de mim, com seus grandes cabelos lisos negros, seus olhos castanhos refletindo a luz do sol, e seu sorriso com uma janelinha, um sorriso muito lindo.
– Eu vou pegar você, nem adianta correr.–Ela falou gargalhando.
– Não vai me pegar nada, eu sou muito rápida. –Falei gargalhando.
– Corre Valentina, corre Valentina!–Ela ria e gritava.
Eu tropeçava e caia no campo de tulipas e ela caia por cima de mim, e saíamos rolando e rindo.

Flashback off

Me levantei, enxuguei meu rosto e fui para o meu quarto, cheguei lá, vi um ursinho com uma barra de chocolate, e um bilhetinho.

Eu te amo minha amirmã!

Nós nos chamávamos de amirmã, porque significa amiga irmã.
Eu amava esse apelido, vai ser muito duro ficar longe da minha little Hillary.

Príncipe MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora