Os Laços Entre Nós (ties between us) - Kuroko No Basket ABO

5 anos da Midori Yuki

Tecnicamente contar um segredo não era tão fácil assim contar um segredo, eu já estava no final do primeiro trimestre. E meio que se olhassem bem para mim, notariam a minha barriguinha estufada. Depois da conversa com o Yukio, eu venho ganhando forças para falar com aquele homem, mas primeiro regularizei a minha situação no serviço e recebi a licença maternal, ficaria os próximos meses em casa, então estava a pensar entre voltar para os meus pais ou ficar por aqui.

Também já tinha uma mala feita, até semana passada estava decido a voltar, mas esse domingo mudei de ideia. Melhor falar com o Shin-chan primeiro, já eram quase meio-dia e meio, estava com tanta preguiça que até havia pedido pizza para o almoço, morria de vontade de devorar uma, carne, bacon, frango, atum, abacaxi, meu pedido vou tão estranho, mas eles já me conhecem, então não foi surpresa.

"Ding...dong" lá se foram as 3 repetições impacientes, eu procurava as pantufas que mandei para de baixo do sofá ao balançar os pés em devaneios.

Levantei-me de forma preguiçosa e feliz ao ouvir a campainha entoar pela casa, a passos largos, se assim posso dizer, eu abri a porta, — Entregador nov...- travei a fala, meu mundo quase ruiu quando vi a figura alta, tonificada e os olhos verdes imponentes bem diante de mim. — Ai meu Kami! - Berrei pelo susto. A briza gelada do outono, quase me congelaram o corpo de tanto calafrio que senti, por mais forrado e aninhado que estivesse em casa, ainda sentia o vento me gelar a alma. - Shintarou...- E com isso, a palavra escorregou dos meus lábios de forma sutil.

Senti uma tontura que quase me levou ao chão, eu estava preparado para esse momento, ao menos até hoje mais cedo eu tinha tanta certeza disso como nunca tive na vida, mas ele foi mais rápido. Passou os seus braços em volta da minha cintura.

Nós nos encaramos por longos e torturantes minutos, ninguém dizia nada. Apenas respirações cruzadas. Depois do mal-estar passar, nós fomos até a sala, acho que já não tinha como esconder os factos.

— Já estás melhor? - Midorima olha para mim, seu tom preocupado exalava uma voz cansada, tal como o seu rosto pálido e olheiras marcantes, mas ainda com um semblante sério em seu rosto.

— Ah, sim, obrigado. - Agradeci sem jeito, não o consegui encarar. — foi só um mal-estar repentino, deve ser normal na minha condição... E  tu? Pareces cansado. - Dessa vez olhei ligeiramente para ele.

— Já vejo, tenho andado com problemas para descansar, vsto que tem muita coisa acontecendo e eu quero entender - Seu tom carregava a margura do desgosto, ele olhou fixo para a minha barriga, mas desviou o olhar para o meu rosto, — Porque fugiu de mim? - Diz com um tom magoado. 

— Tecnicamente não fugi né, eu apenas voltei para minha casa. - tentei desconversar. 

— Isso não vem ao caso,- Apertou os punhos e puxou o ar que parecia estar em falta. — Eu sei que você entendeu o que quis dizer.- fala levemente alterado.

Acho que não foi boa ideia fazer piadinhas, então adoptei uma postura mais séria. 

— De quantos meses está? - Perguntou ainda de olhos fechados, tamborilando os dedos nos joelhos.

— Faço quatro em pouco dias. - digo a verdade, seus cálculos mentais devem ser os mesmos. 

Ele concordou com a cabeça, depois isso, apenas se ouvia o batucar rítmico dos seus dedos

"tap...tap...tap"

"tap...tap...tap"

"tap...tap...tap"

tap...tap...tap..." seguia com os olhos o subir e descer dos dedos longos e magros, a cada batida eu ficava mais ansioso. 

— Sua barriga está enorme, eu posso tocar? - assento com a cabeça. Posicionei-me melhor, e o mesmo se agachou diante de mimar, houve uma trocamos breve de olhares, até que em um suspiro, suas mãos quentes repousaram em minha barriga, vou outro choque de temperatura que o meu corpo recebeu. Mas minha atenção foi realmente roubada quando vejo seus olhos brilharem ao tocar a barriga