Capítulo 27

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Oi amores, não me matem pelo sumiço. Agora que terminei os estudos, finalmente poderei me dedicar a essa história! Fiquem com o capítulo de hoje!

| Henry

A escuridão envolve meus sentidos, mas consigo ouvir vozes distorcidas. A dor lateja em minha cabeça enquanto tento recuperar a consciência. A voz de Massimiliano ressoa, cheia de raiva.

- Henry, acorda, maldição!

Abro os olhos lentamente, tentando me orientar. Estou amarrado a uma cadeira, em um lugar escuro e desconhecido. A visão embaçada começa a se clarear, revelando uma figura familiar. Meu irmão Enzo, dado como morto há anos, está parado diante de mim com um sorriso sádico.

- Surpreso, irmãozinho? - Enzo zomba.

A incredulidade se mistura à dor em minha mente. Como ele pode estar vivo? O que está acontecendo?

Olho em volta para ver se consigo reconhecer o lugar, porém nada me parece familiar, a não ser meus amigos que estão amarrados e feridos ao meu lado. Só não encontro..

- O que você fez com Alexey? - pergunto, tentando entender a situação.

Enzo ri, uma risada fria que ecoa nas paredes sujas do lugar. - Alexey fez sua escolha. Ele está do meu lado agora.

O desgraçado aparece ao lado do meu irmão.

- Como foi idiota, Henry! - Alexey ri - E achar que você era inteligente..

- Seu filho da puta, eu vou ter matar - grito com raiva.

- É melhor você dar uma segurada, maninho. Não vê sua situação? - Enzo alisa meus cabelos.

A traição de Alexey confirma minhas suspeitas, mas ainda não entendo completamente o jogo que Enzo está jogando. Observo ao redor, tentando identificar, mais uma vez, onde estamos.

- Onde está Lorency? - minha preocupação com minha mulher aumenta.

Enzo solta uma risada sombria. - Ah, querido Henry, você vai descobrir em breve. Mas antes, precisamos conversar sobre algumas coisas.

Ele se aproxima, revelando um semblante de loucura nos olhos. As revelações começam a surgir, peça por peça, como um quebra-cabeça distorcido.

- Você pensou que eu estava morto, não é mesmo? - Enzo provoca. - Sobrevivi, Henry. Sobrevivi e planejei minha vingança todos esses anos.

Enquanto Enzo revela seus planos, sinto o peso da traição e a ameaça que paira sobre minha família.

- Minha sorte... - Enzo dá um riso sinistro. - É que duas pessoas, não tão distantes de você e sua putinha, me ajudaram.

Meu peito dói e meu sangue ferve ao ouvir ele chama a Lore de puta.

- Mas isso você não precisa saber agora, maninho.

Enzo se afasta, deixando-me amarrado à cadeira, com a sensação de impotência se intensificando. A sala sombria parece conspirar contra mim, e minha mente trabalha febrilmente para encontrar uma brecha na trama sinistra que se desdobra.

Enquanto observo Enzo caminhar de um lado para o outro, percebo que ele carrega consigo não apenas a amargura do passado, mas também uma determinação feroz que parece imparável. A pergunta sobre Lorency ecoa em minha mente, uma preocupação constante que alimenta minha angústia.

- Enzo, se isso é sobre vingança, há outros caminhos. Podemos encontrar uma solução que não envolva mais sofrimento - argumento, buscando ganhar tempo.

Ele para abruptamente, seu olhar fixo em mim. - Você sempre foi ingênuo, Henry. A vida não é feita de soluções fáceis. Esta é a única maneira.

O som de passos se aproxima, e Alexey retorna com uma expressão sombria. A tensão no ar é palpável, e uma troca silenciosa entre eles revela que a aliança é frágil, sustentada por interesses ocultos.

Alexey diz algo a Enzo que não chega em meus ouvidos.

- Alexey, fique de olho neles, agora tenho que ir cuidar da minha Lorency. - Enzo olha para mim.

Minha Lorency. Minha Lorency. Minha Lorency.

- Se você tocar num fio de cabelo dela... Eu juro que esfolo vivo, filho da puta. - Brado com um tom nunca proferido por mim.

Ele sorri maliciosamente. - Lorency é o preço que você paga, Henry. A peça final do meu quebra-cabeça. E você não tem escolha a não ser jogar.

Minha mente trabalha rápido, buscando estratégias para reverter a situação. Observo atentamente cada movimento de Enzo, cada traço de fraqueza em sua fachada de confiança inabalável.

- Você acha que vai ganhar, Enzo, mas subestima a força de um capo. Não importa o que aconteça, vou proteger aqueles que amo - declaro, alimentando a chama da resistência dentro de mim.

- Você está imponente. - Ele zomba.

Antes que eu possa revidar sou acertado com um soco, a dor lascinante faz com quê eu perca as forças, tudo fica escuro...

| Lorency

Estou correndo contra o tempo, Marta e eu estamos fazendo as malas. Precisamos fugir.

- Temos que deixar os celulares e qualquer tipo de eletrônico aqui. - Marta diz enquanto dobra algumas roupas.

- Mas precisamos deles. - Falo sem entender o que ela quer com isso.

- Eu sei, querida. Mas temos que evitar sermos rastreadas.

Enzo saiu faz alguns dias e segundo os murmurinhos da casa ele estará de volta amanhã. Depois que ele assumiu o lugar do Henry, guardas mandados por ele estão cercando a casa.

Porém ninguém iria duvidar da governanta. Marta saiu alguns dias atrás e comprou passagens para um chalé no interior onde morava antigamente. O lugar nem se quer existe no mapa.

- Eu estou com medo de ser pega, Marta. - Minha voz está embargada.

- Não se preocupe querida, eu sei uma passagem antiga de funcionários que é o ponto cego desta casa. Vai dar tudo certo! - Ela me tranquiliza.
- Precisamos ir.

Dou uma última olhada no quarto, e antes que eu me esqueça pego a foto de Henry que tiramos na altezza's.

Marta dá uma olhada no corredor e dá o sinal de estar vazio. Na noite passada quase não dormimos, estávamos planejando o dia de hoje, desde sinais a como disfarçar se fôssemos pegas.

Descemos até a cozinha, por sorte ninguém a vista. Entramos na despensa de comidas.

- Me ajude a empurrar essa prateleira, querida. - Marta pede e começamos a tirar a pesada prateleira com comidas.

Uma porta enferrujada aparentemente quebrada é revelada.

- Deveríamos colocar um pouco de comida na mala não acha? - Pergunto.

- Boa ideia, será ótimo para as próximas horas de viagem. - Marta pega alguns enlatados.

Passos são ouvidos por nós.

Abafo um grito com as mãos.

- Shh. Calma querida, vamos. - Marta me acalma e me puxa para o apertado corredor atrás da porta.

- Precisamos ser rápidas. - Suplico.

Ao sairmos sinto uma brisa fria e corro com dificuldade seguindo Marta.

- Para onde está indo? - pergunto ofegante.

Um carro preto para abruptamente do nosso lado, nessa hora penso no pior e me preparo para o que vem..

DEIXEM SUA ⭐

Se esse capítulo tiver 30 estrelinhas eu trago o próximo capítulo.

Grávida de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora