Capítulo 18

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- O que disse? Jorge? Você não pode simplesmente jogar uma coisa dessas na minha cabeça, e parar de falar como se nada tivesse acontecido.. Jorge? - Estamos sentados muito próximos e depois de lançar aquela bomba em cima de mim, um silêncio repentino tomou conta da situação ao observar de relance, pude perceber.. Ele havia adormecido só pode ser brincadeira, teve tanto tempo para adormecer e faz isso Justamente agora? Ah, não vai ser assim. começou agora termina! Me aproximo dele, quase dando tapinhas em sua face quando de repente, o timbre da voz marcante de papai faz com que eu leve um susto espontâneo:

- O que está fazendo? Se você acorda- lo será péssimo, vá dormir está muito tarde. Não se acorda um bêbado ele precisa repousar para se recuperar.

Quando me dei conta estava no centro do quarto porém, somente meu corpo está presente era como se minha alma estivesse flutuando após abandonar meu corpo. Me deixando paralizado aos poucos consigo encostar na cama mas eu não conseguia sentir  só tinha uma consciência vaga do que fazia, me prendendo no modo automático. deitado, ficando a domínio de meus pensamentos mantive minhas Irís se dedicarem ao teto chegando a conclusões frias que me quebravam por dentro. eu desenvolvi um certo rancor pela minha mãe, ela me abandonou por uma escolha e nunca se preocupou comigo! E Kate, quantas vezes eu a vi sendo carinhosa com Ana, pensando em como eu seria completo se estivesse ocupando seu lugar. No entanto estou aqui, acompanhando da insônia lidando com a frustração de possívelmente estar vivendo uma mentira! ela sabe sobre a minha busca pela minha mãe. Como pode ser tão insensível? Estou tão cansado, preciso de respostas queria nunca ter aberto essa porta mas infelizmente máquinas do tempo não existem, só me resta engolir o amargor da realidade.

Apesar de não ter dormido absolutamente nada me levantei junto ao primeiro raio de sol, preparando um café da manhã reforçado e nutritivo. O cheiro do café preto se intensificou e em questão de segundos, passos eram dandos em direção a cozinha. Eu como o lerdo que sou, demorei a sentir a presença de um outro alguém naquele local até então, se tratava de um armário sendo aberto e nosso filtro sendo utilizado são coisas de rotina. Cortava às fatias do pão empenhado no mesmo instante em que a voz rouca de Jorge me impactou
Minhas mãos, trêmulas elas soltaram a faca a cravando no pão. O suor trouxe um brilho natural a minha pele meu emocional me entregava de diversas maneiras, Era o clima mas desconfortável de todos a está altura do campeonato eu sabia que estávamos às sós. Meu pai está trabalhando como ajudante em uma oficina e saí às 05:00 dá manhã ele não ganha nem a metade de seu antigo salário mas de acordo com suas palavras, é melhor do que o desemprego Jorge questionou sua ausência e em seguida me pediu a localização exata da oficina mas é claro, meu comportamento não passou despercebido diante da sua percepção. Curioso, sutilmente prolongou a conversa:

- Você é sempre pálido assim ou está passando mal?

- Jorge, se lembra do que me disse ontem antes de capotar?

- Não, a única coisa que sobrou da noite anterior é a ressaca! agradeço aos céus pelos finais de semana existirem, não teria a menor condição de ir trabalhar hoje

- Você deu a entender que eu seria .. bem, que sou filho da Kate

Foi a vez dele de se sentir perdido e sem saber o que fazer, suas Irís ficaram distante e solitárias a sensação que eu tive foi de que sua alma havia desaparecido. Ele se transformou em uma estátua nem mesmo piscar piscava, aquilo me assustou muito ele parecia estar em outra galáxia. eu chama e chamava, mas ele se mantive intacto. Era como se sua vida estivesse dependendo daquele  seu silêncio absoluto, foram necessários três estalos de dedos para traze- lo de volta ainda sim.. Ele apenas me encarava com desespero por alguns segundos, até finalmente conseguir recuperar a voz:

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