único

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(se você estiver lendo isso no natal, feliz natal :)

vislumbre de nós.

Dezembro se dá pelas datas comemorativas, Natal, ano novo, aniversários e mais várias coisas que as pessoas inventam para comemorar o último mês do ano. Já era 15 de dezembro e Petra estava infernizando seu juízo para que montassem a árvore de Natal. Então, obrigou Angelina e Ramiro a se meterem no porão para acharem todos os enfeites de Natal e a árvore, juntamente da guirlanda que ficaria na porta.

Olhou aquela inúmeras caixas e repensou se era uma boa ideia, Petra chegou segundos depois arrastando Antônio e Luigi, ela estava saltitando enquanto ajeitava a árvore.

Antônio colocou as mãos no bolso e observou com cautela toda aquela bagunça. Irene pegou uma das caixas com os enfeites e passou a ajudar Petra.

— Cadê a estrela? – vasculhou as caixas enquanto tentava achar a maldita estrela. — Me ajuda a procurar!

— Tá ali! – Antônio apontou a caixa vermelha de veludo com detalhes dourados. — Sempre fica nessa caixa.

— Ah é. – Irene tirou a estrela da caixa e sorriu. — Luigi, pega a escadinha lá na cozinha.

O italiano assentiu, Antônio colocou algumas bolinhas na árvore e sorriu ao ver como Petra estava encantada com tudo aquilo. Apesar de ter travado uma briga com Luigi por ficar do lado da bolinha de Natal com o nome de Irene, Petra conseguiu ganhar o lugar e deixou Luigi ao lado de Caio.

Antônio observou Irene ajustar a escadinha e arregalou os olhos quando ela subiu o primeiro degrau com um salto muito maior que aquela escadinha aguentaria.

— Tira o salto. – a voz saiu um pouco mais autoritária do que ele queria. — Você vai cair e eu não vou te levar pro hospital.

Irene encarou o chão e desceu da escadinha, tirou os sapatos e voltou a subir. Antônio não confiava naquele pequeno aço e revirou os olhos, se colocando atrás dela e segurando a escada com os braços cercando o corpo de Irene.

— Coloca logo essa estrela. – ele resmungou.

— Espera, Antônio! Não quer ficar. – ela retrucou, travando uma luta com a estrela e a árvore.

— Mas a estrela é por último, pra que colocar agora? – Petra encarou a mãe.

— Porque antes era você quem colocava a estrela de natal quando seu pai te erguia no colo, agora, se ele pensar em te levantar ele quebra a coluna e eu não sirvo pra ser viúva. – rebateu, se irritando um pouco mais e prendendo o cabelo. — Então a estrela vai ser por primeiro.

Irene subiu mais um degrau e Antônio se viu obrigado a subir no primeiro degrau da escadinha para que ela não caísse. Ela se inclinou e conseguiu finalmente encaixar a estrela na árvore e ele pôde respirar fundo, desceu e esperou que ela descesse.

— Fofo. – ela lhe deu um selinho e continuou a ajudar Petra.

As bolinhas de Natal eram exageradamente brilhantes, isso porque Irene obrigou Petra e Luigi a polirem elas até que estivessem reluzentes. Voltaram a ajeitar a árvore e Antônio pareceu mais empolgado agora, tentava pendurar a bolinha perto da estrela, temendo que o objeto caísse e Irene batesse nele.

Os La Selva tinham uma grande tradição no Natal.

...

Petra adorava as luzes de Natal, permanecia por horas no colo do pai apenas para observar aquelas luzes natalinas, as cores comuns de Natal e a guirlanda brilhando na porta eram a parte favorita dela. Por 2 meses ininterruptos ela dormiu com as luzes de Natal.

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