7.Parc Fermé

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Quando Nat acordou, envolto na penumbrado do seu quarto, ele parou por um momento, apenas encarando o teto quase imperceptível na escuridão que abraçava o quarto. Ele se sentiu diferente, talvez melhor. De alguma forma cheio de energia. Ele tentou regredir em suas memórias para saber se James tinha dado a ele algum remédio milagroso, mas aparentemente não havia nada. De qualquer forma ele não reclamaria por estar se sentindo saudável novamente.

Ele tinha escutado Net e James sussurrando pelos cantos sobre fazerem algo para trazer a sua "vivacidade" novamente, mas Nat estava tão debilitado que adormeceu sem saber do quê realmente se tratava o assunto.

Depois de encontrar apenas vazio em sua mente Nat sentou-se lentamente na cama e esfregou os olhos. Ele olhou para a fresta de luz embaixo da porta, a casa estava anormalmente silenciosa mas parecia que havia alguém em casa. Nat ainda tinha aquela sensação de que algo estava estranho, mas ele ainda não sabia dizer o que era.

Com cuidado ele se levantou e caminhou até a porta. Net deveria estar acordado fazendo alguma tarefa doméstica o Alfa adorava esses tipos de atividades, ou talvez fosse apenas o fato de James odiar qualquer coisa relacionada a limpeza do lar, e ele se sentia obrigado a fazer.

No momento em que Nat abriu, ele descobriu o que estava diferente. Suas narinas foram atingidas por um cheiro que ele poderia distinguir entre milhares de outros cheiros. Era algo terroso e doce.

Era o cheiro de Max Saran.

{•••}

Max estava assistindo algum programa de culinária na TV quando notou Nat parado na porta. Por que ele não sentiu o cheiro dele? Ele encarou Nat por um tempo sem saber o que falar, o garoto não parecia tão doente como ele imaginou, mas também não estava nada saudável, sua pele tinha assumindo um tom desbotado, seus cabelos estavam tão sem brilhou que mal parecia aquelas vivas e brilhantes mechas avermelhadas, e haviam grandes meias luas escuras embaixo dos seus olhos. Max não pode evitar de se encolher um pouco por dentro, apesar da aparência decadente Nat ainda era lindo de morrer.

-Nat!

Max cumprimentou tarde de mais, pigarreando na esperança de dissipar o momento embaraçoso.

-O que faz aqui?

Nat perguntou se sentindo tão estranho quanto Max, ele olhou para toda a sala em busca de Net ou James, mas aparentemente havia apenas Max, e sua cara de bobo.

-Tutor disse que você vai ficar melhor enquanto eu estiver aqui.

Max respondeu com honestidade. Nat estava olhando para ele como se fosse um alienígena, o que só aumentou o desconforto de Max.

-Cadê Net e James?

-Saíram, não me falaram quando voltam talvez faça parte do teste. Apenas os meu ferômonios por aí, você sabe.

Nat concordou desviando os olhos de Max.

-Você está sob ameaça? Porquê você me ajudaria?

Nat perguntou hesitante, ele sempre imaginou que se estivesse correndo risco de morte Max daria uma festa para comemorar.

-Eu sou uma boa pessoa, mesmo que você discorde disso.

Nat não discordava, ele tinha plena consciência de que o piloto era uma boa pessoa, mas Max tinha outros defeitos que tornava a convivência entre eles difícil, a ego inflado era um deles. E algo muito mais óbvio é gigantesco Max não gostava de Nat.

Nat apenas assentiu e saiu da sala. Ele não queria discordar do Alfa porque seria mentira (não é como se ele não já tivesse mentindo antes para o piloto)e também não ia concordar pois seria fraqueza.

Ele estava a caminho da luxuosa cozinha quando ouviu Max o chamar ele se virou para olhá-lo. Max ainda se sentia incerto sobre qualquer coisa que falasse.

-Vai comer algo?

Max perguntou e o Ômega respondeu com um pequeno meneio de cabeça, ainda se sentindo em uma realidade paralela ao ver o Alfa na sala de estar de seus amigos.

-Você poderia me ajudar? Ainda estou me sentindo um pouco enjoado.

Nat perguntou depois que Max não fez nenhum movimento para se levantar. Tão parvo.

Cada fibra do corpo de Max gritou não.

-Claro. Como posso ajudar?

Max ficou surpreso consigo mesmo por aceitar ao pedido do Ômega tão rapidamente. Ele odiava esse instinto protetor que os Alfas tinha em relação a qualquer Ômega. O fazia se sentir uma marionete. Parecia que muitas vezes ele não tinha o poder de fazer as suas próprias escolhas, apenas a fera dentro dele poderia controlá-lo. Droga de segundo gênero inútil!. Mas ele apenas deu de ombros e seguiu o pequeno Ômega até a cozinha.

Ele tentou se justificar imaginando se não fosse o Alfa dentro dele então provavelmente foi porque ele fez essa promessa a Tutor e James.

{•••}

Enquanto Max trabalhava na cozinha, Nat sentou-se numa cadeira. Perplexo consigo mesmo por não sentir a necessidade de estrangular Nat até o momento. Normalmente ele precisaria de muito menos tempo na companhia do baixinho para se sentir a ponto de explodir de tanta raiva.

Nat ficou olhando para Max se movimentando com elegância pela cozinha, as suas mãos grandes lavando os vegetais, seus lábios cheios provando o molho. O Alfa era tão perfeito em cada coisa que fazia que era um pouquinho atrativo, e os seus músculos contornados pelo fino tecido da camisa de algodão caro estava fazendo coisas com Nat, sinceramente se Max não estivesse tão concentrado em tentar ser o chef do ano Nat poderia acusá-lo de tentar seduzi-lo. Ele teve uma vontade repentina de espalmar suas mãos no peito grande e sólido de Max, de estar perto dele e sentir o seu cheiro terroso e viril. Foi esquisito.

Nat não queria se sentir assim, mas ele já estava se sentindo tão molhado que era ridículo, ele nem havia o tocado. Isso o aterrorizou. Por que de repente ele desejou tanto estar perto de Max? Eles só dormiram um com o outro uma vez, e ele deveria se atentar ao detalhe que foi expulso depois de Max usá-lo como quis. Ele não poderia estar viciado em Max apenas porque transou com ele uma única vez, não é?

Sonda sempre alertou seu filho que ele não poderia se comprometer com qualquer um porque passou apenas uma noite com ele, mas agora parecia que isso não faria nenhum sentindo já que Nat sentia a ponto de implorar por aquele bastardo...

-Você está bem?

Max perguntou, tirando Nat de seu transe. O garoto estava com um cheiro delicioso.

-Sim, claro. Só um pouco tonto.

Nat se apressou em mentir, mas viu que Max não acreditou nele. Ele se sentiu tão envergonhado derepente por seus pensamentos desenfreados. Ele nunca tinha se sentindo assim com a sua própria sexualidade mas com Max era diferente.

-Tem certeza? Você está com um cheiro de... deixa pra lá, mas me olhou como um louco. Foi meio assustador.

Porra! Nat pensou. Ele foi tão óbvio assim?

-Sinto muito por isso. Eu meio que perdi o controle. Não precisa se preocupar.

Nat falou sem explicar qualquer coisa. Incerto sobre o que isso significava Max assentiu lentamente.

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