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Tirados de seus berços em uma idade precoce, os Jedi eram levados até o centro da República até que seus destinos os obrigassem a se tornar cavaleiros segurando lâminas brilhantes nas mãos e o peso de cap...
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NÃO HAVIAM MAIS BOAS MEMÓRIAS. Sem Padawan apaixonados, sem o sorrisinho de Qui-Gon, sem travessuras de infância; havia apenas seu Padawan morrendo em suas braços, alguns Clones sendo baleados e sons de alarmes. Nenhuma lembrança da juventude, apenas terrores da guerra que giravam e giravam em flashes em seus olhos até que a imagem se estabilizou — ou pior, desapareceu por completo. Ela estava de volta ao breu que o sabre de luz de Dooku dera a seus olhos, cortado apenas pelo borrão e pelas luzes brilhantes que a enfermeira do Templo Jedi disse se tratar de uma ilusão.
O grau da queimadura em seu sistema ocular tornava impossível qualquer visão que não fosse o nada. Bem, ali estava ela com o rosto dolorido e queimado em uma maca no cruzador diante de um Obi-Wan totalmente paralisado limpando suas feridas. Ela esticou a mão até o rosto dele e apalpou as bochechas molhadas que agora denunciavam o que o silêncio dele se limitava a expressar.
— Kenobi... — Ela sussurrou mesmo com dor.
Ele tirou delicadamente as mãos dela de seu rosto, os dedos dela entrelaçaram aos dele por uma minúscula fração de segundos. Ele esfregou o tecido úmido no rosto dela por algum tempo, pressionando a pele para estancar a hemorragia, o cheiro queimado impregnado no ar. A mulher usou os cotovelos para erguer o corpo, até ficar em um nível um pouco mais igualado ao de Obi-Wan. Seu peito contraia com o movimento de sua respiração pesada, como se seus pulmões estivessem prestes a querer sair de seu corpo.
Ele segurou ela pelos braços, evitando que o corpo fraco caísse para trás. O toque dele a lembrava que ele estava bem, diante dela e com vida, ainda que ele se negasse a dar uma palavra. Ela se lembrava de constantes ameaças a vida de Obi-Wan vindas de Conde Dooku durante os dias em que ela foi mantida como refém dele. Era ceder ao lado sombrio e se tornar sua aprendiz ou... Era uma hipótese que ela não gostaria de ver se tornar realidade, e foi corajosa o suficiente em não ceder, mesmo sabendo do que o homem era capaz. Quando Obi-Wan esteve envolvido em todo o caso do atentado contra Palpatine escondido como Rako Hardeen e Dooku lhe incitou a buscar por vingança.
Um passo inocente de seu antigo Mestre? Sem chance. Era só mais uma tentativa de fazer com que ela desse um tiro no escuro e matasse por engano a pessoa que ela mais se importava em toda a galáxia. O peso pela perda, a culpa pelo ato, quebraria ela de modo que dificilmente poderia voltar ao lado são da Força. Mesmo quando se tornou cativa no palácio do Conde ela esteve livre das constantes ameaças contra a vida de Obi-Wan, ainda que elas fossem a parte menos pior de tudo o que ela passou. Pelo menos sentir que ele estava ali, poder tocar a mão dele e se certificar de que ele estava bem era uma forma de conforto — mesmo que ele estivesse derramando lágrimas e ela sabia que era a culpada.
