APROVADA
Uma palavra com oito letras que tinha o poder de mudar tudo, sem conseguir acreditar que eu finalmente tinha conseguido passar na minha faculdade dos sonhos, porra!
— Eu sabia, eu sabia filha!— minha mãe gritava atrás de mim enquanto eu lia o email da universidade de princeton.— meu deus, parabéns meu amor, eu sempre soube que você conseguiria.
— filha? Você tá bem? — minha mãe disse antes de me virar na cadeira de frente pra ela, percebi que estava chorando, mas dessa vez era de felicidade. Minha mãe era uma mulher incrível, linda, mesmo com o ar cansado de quem dormiu pouco e precisou acordar cedo, tinha os cabelos ondulado e loiros escuro, era branca igual eu mas diferente de mim, ela tinha várias pintas no corpo, olhos castanhos quase tão claros quanto o meu e um pouco mais alta que meus 1,60 de altura.
— Sim mãe, é oque eu sempre sonhei.— eu disse antes de levantar e lhe dar um abraço.— ainda estou em choque, mas como já havia planejado tudo agora é só terminar de arrumar as malas e partir.
Enquanto me soltava, minha mãe me olhou como se não acreditasse que estava tudo bem, mas mesmo assim concordou com um balançar de cabeça.
— claro meu amor, eu tô muito feliz por você, vou te deixar sozinha agora que preciso ir trabalhar ok, amo você.
Eu amava minha mãe muito, mas nunca fui de falar demais, sempre ficava na minha com meus livros ou esboços, no entanto esse era um daqueles momentos em que eu precisava dizer tudo oque eu sentia por ela.
— Sabe mãe, sou muito gata por tudo oque a senhora fez por mim, durante todos esses anos, principalmente nos piores momentos que...
— shhi, meu amor eu sei, não precisa falar. Eu sei.— ela me impediu de falar o "aquele que não deve ser nomeado" dizendo que entendia.
— Amo você ok, muito mesmo mamãe.— abracei minha mãe e dei um beijo antes que fosse pro trabalho.
— Até mais tarde querida, beijos— e assim dona Laura se foi, pro trabalho. Ela era chefe de cozinha de um restaurante popular no centro de Belém onde serviam várias comidas típicas, sinceramente isso seria além dela claro, o que eu mais sentiria falta.
Como não tinha amigos, e os que eu já tive achavam que eu era uma mentirosa do caralho, nada melhor que iniciar um ano letivo sem conhecer ninguém ou melhor, sem ninguém me conhecer. E eu sabia que tudo iria melhorar e não via a hora de embarcar pra minha mais nova vida.
