Mais uma vez essa escuridão me envolve, deveria estar acostumado, quem mandou eu morar nesse quintinho?
De longe o brilho, de perto o cheiro brando de fritura, meu garfo chega a boca, nhac! Como meu pedaço de carne
Olho e foco minha visão, extensão magnífica, infindável de beleza assombrosa! As luzes piscam.
O roxo deixa de brilhar e azul é mais aparente, mais uma garfada, a sangria pela minha boca.
Sozinho, porquê estou só? Força, será isso consequência? Ouço os gritos cada vez mais desesperados e um olho no céu se vira
Sinto pena, é uma pena serem deliciosos, e da minha panela tiro outro bife que ainda gritava.
Eu olho o pedaço de carne, só causo sofrimento? E mordo, não há mais o seu grito.
Silêncio... Nada... Void...? Me sinto tão sozinho...
Eu ando um pouco para fora e a energia volta, um reflexo de poder, o azul e roxo se curvam.
Mais uma vez, e ando.
Mais uma vez, eu paro
Mais uma vez, esse trono!
Mais uma vez, eu me sento
Mais uma vez...
Me sinto tão sozinho...
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Coletânea de contos e poesias
FantastikContos e poesias que escrevi em meu tempo livre ou quando vinha inspiração.