1° Fase

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O "animal" possuía uma sombra o envolvendo de modo a parecer armadura, seus membros eram anormalmente grossos para padrões humanos, o olhar era vermelho sangue brilhando como uma gigante vermelha, a saliva escorria da boca disforme e afiados e largos dentes que eram um pouco maiores do que o de um tubarão, a sombra se dissipava e claramente sua forma era revelada.

Uma armadura coberta por sangue fresco e ressecado, o cobria até a base do pescoço, onde deveria haver um nariz ainda era boca os olhos eram quase na testa, que na verdade eram orbitas vazias com um ponto infinitamente pequeno brilhando escarlate, os músculos eram extremamente desenvolvidos e as mãos se enrijeciam parecendo-se com garras transpirando violência e uma fúria bestial.

Ó pequena manada de imundos porcos, por que ficam em seu caminho?

Avançando as armaduras eram quebradas, não havia tempo de aceleração ou tempo mensurável em que os primeiros mil homens tinham suas vidas tiradas de maneira brutal e sanguinária.

Rugindo em meio uma chuva de sangue o primeiro segundo passa, os olhares de terror se encontram na selvageria do bestial ser.

Na boca um braço e nas garras partes de couro cabeludo e olhos se misturavam ao ácido estomacal de outro morto, o céu tornara escarlate as nuvens brancas faziam chover sangue nas mãos do violento ser.

Gritos de horror rasgavam a paisagem antes tão bela e tranquila.

As espadas quebravam, nada ultrapassava a armadura, isso se antes não tivessem seus crânios brutalizados ou seus corpos totalmente mutilados.

O 1° segundo termina e se inicia o 2°.

Um milhão já eram as baixas.

Uma massa de carne de varias pessoas, homens ou mulheres, sem piedade, tudo morria e se tornava mais um monte de carne irreconhecível no campo de batalha.

As estrelas dançavam loucamente na abóboda celeste que irrealmente variava entre dia, noite e a mistura dos dois. O Sol se aproxima e afasta, a Lua de igual forma dançando junto de seu Sol.

O universo expandia e implodia a cada variação em seu frenesi, o Multiverso tremia e todas as divindades sentiam as leis variando incontrolavelmente e tudo poderia ruir a qualquer momento.

Olhos o olhavam, olhos da escuridão do fim da vida, que o observavam como se o limitasse para não destruir tudo.

Governos fizeram alianças para extermina-lo, mas nada adiantava. E o guerreiro avançava sem deixar algum sobrevivente, sem distinção tudo terminava perante ele.

Os olhos brilhavam mais, agora como duas estrelas vermelhas e lentamente o corpo que Aquilo usava derretia revelando um ser infinitamente complexo que a mera visão faria qualquer mortal entrar em colapso tentando o entender.

Não existia forma ou matéria na forma verdadeira do ser d'outro mundo, afinal era um conceito no final de tudo. Como uma aparição ou lugar ou uma mistura de todas as categorizações ao mesmo tempo, o espaço se curvava formando apêndices e o tempo em volta deles se tornava irreal, tudo acontecia no mesmo instante e nada acontecia ao mesmo tempo.

Ele se segurava, se usasse um pouco mais do poder de seu conceito o Multiverso implodiria e logo após seria consumido pelo Vazio

Mais e mais o universo oscilava, mais e mais próximo de um fim passível de mudança.

O monstro agora se saciava da carne dos mortos, bebendo o sangue do chão e recompondo um outro corpo com as forças de seus oponentes, e voltava em sua busca por aventuras já que não existia mais vida naquele universo.

Coletânea de contos e poesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora