O Homem de Yuggoth

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Um brilho

É meu mestre!

Nessa noite dia 25/10!

Os brilhos vêm, um sinal decifrável apenas para mim

Pisca, pisca, mantém-se 1 segundo e volta a piscar, 6 piscadas rápidas, 8 devagar, 5 indo e vindo e logo consigo decifrar.

" Olá meu pupilo, como está a Terra, nosso planeta azul?..." E ele continua a detalhar.

Como criar um acelerador de hádrons simplificado, criação de buracos negros e um estranho acesso.

O Demônio em Vestes Brancas, o que é isso? Um poema que esse velho criara? Bom, de qualquer forma somente em uma semana ele enviará outra mensagem, mas de fato precisava de algo para relaxar.

Leio os versos e fico extasiado, tamanha complexidade e genialidade. Quem seria esse demônio? Quem escreveu fabulosa obra?

Dia 26/10

Quando acordei, pesquisei mais sobre demônios, logo encontrei coisas que preferiria esquecer.

Magia... Ocultismo... Toda essa tolice sobrenatural, mas essa curiosidade me corrói.

Mais algumas leituras, por que essas palavras não saem da minha cabeça? Por que essa história me perturba?

Dia 27/10

Não dormi essa noite, toda hora lendo e relendo esse maldito poema

Eu preciso descobrir

Eu preciso entender

Dia 29/10

Meu observatório está em frangalhos, cheios de contratos com inscrições estranhas e letras indecifráveis encharcado de sangue e com carne de vários animais, será que estou enlouquecendo?

Círculos com estrelas e desenhos oriundos dos meus maiores anseios e medos, quanto mais procuro menos acho...

Lo'ghth? Que nome estranho... Uma forma inominável, e isso existe?

Não durmo nem descanso, gastei mais de cem mil dólares de minha conta pessoal somente buscando aos autoproclamados sábios, fui enganado por muitos e outros poucos me ajudaram um pouco.

Já vejo manchas em minha visão, parcialmente vejo o meu observatório iluminado, hipotensão arterial.

Mesmo o dia parece escuro como a noite, quero vomitar, esse cheiro de incensos acendidos aos pontos cardeais e cada vela aromática acesa tentando contactar deuses e espíritos e criaturas.

Dia 30/10

Um último ritual, sangue derramado e uma vida tirada, os desenhos remontam meus pensamentos

O medo, a infinidade, o conhecimento, o nada, o tudo, a neutralidade, a alma, o senso de ser...

E por último sangue de quem invoca e desmaio

Acordo

É de noite...

Busquei tanto e me frustrei, essa falácia sobrenatural é uma piada...

Que frio... Meu observatório não tinha aquecedor?

Um som como de uma frequência aguda penetrava minhas orelhas, atordoado me vejo as tampando com toda a força que possuía.

Uma sombra, uma sombra diferente, tinha algo nas sombras.

Eu sei, está me olhando.

Minha frente, uns 20 metros de distância, na sombra de um pilar me olhava

Coletânea de contos e poesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora