Ladrãozinho. (Doukaza)

I

Akaza estava deitado no chão, parte de seu corpo decapitado. Seu rosto se regenerado aos poucos, com uma expressão levemente irritado e confuso.

- Ah.. É uma pena ocupar o seu lugar, Akaza-dono. - Disse Douma, provocando Akaza, assim como fez a luta praticamente inteira.

- Maldito...

Akaza murmurou derrotado, sua expressão exalava mais raiva ainda. - Espero que você... apodreça no inferno.
Muzan se aproxima, olhando para Akaza com desgosto no olhar. - Eu esperava mais de você, Lua Superior 3. - Akaza o olhou, ainda tentando raciocinar sua derrota.

O Biwa de Nakime foi tocado, todos os luas foram convocados para uma reunião. Akaza se regenerou com dificuldade. Todos se ajoelharam perante Muzan.

- Mestre, se me permite perguntar, Douma ocupará o lugar de Akaza? Quais mudanças vão ser feitas? - Kokushibo disse, a respeito da luta perdida.

Muzan olhou para Kokushibo com um olhar mortal, e logo olhou para todas as luas. - Mudanças serão feitas. E parar para pensar que eu acreditei em você, Akaza. - Muzan fez Akaza cuspir sangue. Hantengu olhou com medo para Akaza.

- Akaza irá ser rebaixado para Lua 3. Daki e Gyutaro, resgatados pelo novo Lua 2, Iram subir para o cargo de Lua 6. E, por final, vocês começaram a andar em duplas, parece que os caçadores estão criando mais e mais veneno de glicínias, isso pode fraquejar vocês mais, ficarão mais inúteis do que já são. - Muzan deu uma pausa, esperando para ver se alguém teria a bravura de o confrontar. - Daki e Gyutaro, praticamente já são uma dupla, então ficarão juntos. Hantengu e Gyokko serão outra dupla.

Hantengu se tremeu de medo, ao olhar para Gyokko, que estava meio fora de seu vaso. Hantengu murmurou baixinho, demonstrando medo. Muzan estava muito ocupado, decidiu nem o confrontar.

- Akaza e Douma serão outra dupla, e por último, Kokushibō irá ficar sozinho, suas habilidades ainda têm que melhorar bastante. Nakime como sempre irá ficar no castelo para vigiar. Dispensados.

Akaza andou até longe do lugar que estavam, e entrou no seu "quarto". Lá, ele pode ter seu surto em paz. Surtou, surtou, e surtou mais um pouco. Ele socou parede, quebrou vasos... - Não acredito que o Muzan-sama me deixou com ele!! Ele literalmente acabou de me derrotar!! - Akaza jogou outro vaso no chão, se partindo em vários pedaços.

Batidas animadas foram ouvidas na porta. Akaza suspirou e jogou todos os cacos de vidro debaixo da cama. Ele caminhou até a porta e a abriu, revelando Douma com um sorriso gentil e os olhos fechados.

- Sai daqui!! - Akaza gritou estressado. Ele ia fechar a porta, mas Douma, que já esperava por isso, segurou a porta aberta e entrou, sem nenhum aviso prévio.

- Oh Akazinha, você vai ter que me aturar~ se você questionar o Muzan-sama, ele vai te matar!~ - Douma colocou sua mão no ombro de Akaza.

- Tire sua mão suja de mim. - Akaza o ameaçou com uma raiva que ultrapassava os limites. Douma se aproximou de Akaza, com um sorrisinho.

- Ah Akazinha... você está muito tenso, tenta relaxar um pouco.. - Akaza sentiu um arrepio por todo seu corpo, mas logo deu um soco forte na cabeça de Douma. Ele se regenera.

- Poxa Akaza-dono... Não precisava de violência.. - Douma fez uma expressão triste, fazendo drama. Ele se afastou de Akaza, logo olhando à sua volta.

- Caralho Akaza-dono... Esse lugar tá podre, sujo, e tem uns caquinhos no chão, inclusive já pisei em dois. - Douma disse levantando seu pé e tirando os cacos de sua sandália.

- Cala boca, imbecil. - Akaza disse abrindo a porta. - Sai do meu quarto. Agora. - Ele tentou empurrar Douma para fora de seu quarto, mas o mesmo só ficou parado com os braços cruzados, esperando Akaza parar de tentar.

- Akaza~ para de se fazer de difícil... A gente pode ser bons amigos.. - Douma se abaixou na altura de Akaza, com um sorriso provocativo. Akaza o empurrou novamente, virando-o para a porta.

- Eu gaguejei? Eu falei pra você sair!

- Esse não é o jeito certo de tratar seu superior, Akazinha.. ~ - Akaza deu dois socos no rosto dele, antes de Douma regenerar, Akaza empurrou o corpo sem cabeça com o pé para fora do seu quarto, e trancou a porta.