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A cidade de Bangkok envolvia-se em tons de crepúsculo quando Pond caminhava pelas ruas iluminadas por néons, o peso do ar noturno correspondendo ao turbilhão em seu peito. Seu coração, outrora tranquilo, agora batia descompassado, ecoando as palavras não ditas que pairavam entre ele e Phuwin.

Pond chegou à porta do apartamento de Phuwin, hesitando antes de bater. A tensão entre eles crescera como uma tempestade iminente, e Pond sabia que precisava enfrentar as nuvens escuras que se formavam entre eles.

Phuwin abriu a porta, e por um breve momento, o silêncio entre eles falou mais alto do que qualquer palavra poderia. O olhar de Phuwin carregava uma melancolia que Pond não conseguia ignorar.

"Pond", Phuwin começou, a voz trêmula, "precisamos conversar."

Entraram no apartamento, mas a atmosfera já não era mais aconchegante como antes. Sentaram-se, enfrentando a tempestade emocional que se desenrolava diante deles.

"Eu sei que algo mudou", Pond admitiu, suas palavras sussurradas no ar carregado. "Mas não entendo o quê."

Phuwin baixou o olhar, suas mãos inquietas traçando padrões invisíveis sobre a mesa. "Eu... Eu tenho medo, Pond. Medo de me entregar completamente. Medo de tudo o que isso implica."

O nó na garganta de Pond apertou-se ainda mais. "Não precisa ter medo de mim, Phuwin. Eu só quero estar ao seu lado, seja lá o que isso signifique."

As lágrimas afloraram nos olhos de Phuwin, refletindo uma dor profunda que Pond havia ignorado por tempo demais. "É difícil, Pond. Tenho medo de perder o controle, de me perder nesse amor."

Pond queria segurá-lo, apagar as dúvidas que assombravam Phuwin, mas sabia que o verdadeiro ato de amor envolvia permitir que o outro encontrasse seu próprio caminho.

"Não quero te pressionar", disse Pond, a voz embargada pela angústia. "Mas precisamos ser honestos um com o outro. Podemos encontrar um jeito de superar isso juntos."

A conversa se estendeu pela noite, cheia de palavras que cortavam mais profundamente do que qualquer silêncio. O amor entre Pond e Phuwin estava à beira de uma encruzilhada, onde a escolha de enfrentar os medos ou ceder ao desconhecido determinaria o destino de suas almas entrelaçadas.

Ao final da noite, eles se abraçaram, mas a sensação era diferente. A distância emocional se estendia entre eles, um abismo que, por enquanto, nenhum deles tinha coragem de atravessar.

Bangkok, por sua vez, continuava a pulsar com vida, indiferente às tempestades pessoais que se desenrolavam dentro daquelas quatro paredes. O coração da cidade batia em ritmo constante, enquanto os corações de Pond e Phuwin tentavam, desesperadamente, encontrar um compasso compartilhado.

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