𝐑𝐔𝐁𝐈, Apollo Mc

006'

Apollo e Helena estavam buscando algumas bebidas que estavam no frigobar do quarto, enquanto o resto do pessoal conversava e escutava música na sala.

- Porque você guarda suas bebidas no quarto e não na cozinha? - ele pergunta.

- Sei lá, vai que me roubam. - deu de ombros.

- Ei? - chamou sua atenção e ela virou pra ele. - Tá ligada aquele dia no carro?

- O que que tem?

- Lembra quando você disse que só ia acontecer alguma coisa se eu verbalizasse? - ela afirma. - Porque você não verbaliza?

- Porque é humilhação. - deu de ombros. - Você não vai ter o prazer de ouvir essas palavras saindo da minha boca.

- Sério? Tem certeza? - se aproximou.

- Tenho, porque você não vai se aguentar e vai falar.

- Talvez, mas só em casos extremos.

Enquanto eles conversavam, o espaço e o tom de voz iam diminuindo. Podiam ouvir a respiração um do outro.

- Esse é um caso extremo? - ela perguntou, tão próxima que eles estavam quase sentindo seus lábios se tocarem.

- Não, porque eu sei que você vai falar. - ele sorriu.

- Apollo, você é tão irritante, que às vezes me dá vontade de te beijar só pra calar sua boca.

- Às vezes?

- Quase sempre.

O garoto mal espera ela terminar a frase, e ataca seus lábios, quebrando uma parede que tinha sido construída há tempos.

Os dois queriam, os dois precisavam daquilo. E a tensão daquele beijo era tão boa, que chegava a parecer mentira.

Porque realmente era.

Apollo despertou com seu celular, notificando mensagens de um novo grupo.

Mas ele nem prestou atenção, porque não podia acreditar que realmente tinha sonhado com aquilo. Não era possível que ele estivesse tão obcecado assim.

E simplesmente levantou para fazer suas coisas.

Enquanto isso, do outro lado, Helena estava planejando fazer uma festa surpresa para seu primo.

Ela sabia que ele não queria coisa grande, então decidiu fazer uma coisa simples apenas com seus amigos.

Esse inclusive foi o motivo pelo qual Apollo acordou de seu tão belo sonho. O novo grupo criado por Helena.