Capítulo 1.

22 5 2
                                    

Em sonhos afetivos e significativos sempre há o desejo de não acordar e ter que voltar para a fria e solitária realidade onde muitos se encontram, inclusive eu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Em sonhos afetivos e significativos sempre há o desejo de não acordar e ter que voltar para a fria e solitária realidade onde muitos se encontram, inclusive eu.
Viver na casa dos pais e ser oprimida por quase tudo é quase um evento canônico na vida de um adolescente, eu diria que até me acostumei acordar com os berros da minha mãe me perguntando se eu iria ficar na cama o dia inteiro ou do meu pai me mandando fazer algo, sinceramente no orfanato eu estaria muito melhor mentalmente.

Ainda na cama com os olhos fechados, passo a mão pelo edredom tentando encontrar meu celular que por sinal estava debaixo do travesseiro.
Desbloqueio o celular com certa dificuldade por conta do excesso de iluminação do aparelho e logo checo as minhas redes sociais me surpreendendo com total de 0 notificações, não é nenhuma novidade desde que terminei o meu namoro com o Ethan.
Já era de se esperar o mais famoso "bad boy" do colégio
te trair com uma qualquer e depois fazer questão de jogar na sua cara que só ficou com você para fazer ciúmes a ex dele, e quem era a ex dele? A mais popular da escola.
É um típico, que quase ninguém cai, mas eu caí pela maldita lábia dele.

- Merda. - resmungo deixando o celular de lado e me levantando da cama enquanto me relembro de todos os momentos com o Ethan até o término e a humilhação.

Caminho para fora do quarto e vou em direção ao banheiro.
A casa era pequena e havia apenas 1 banheiro para todos.
Por pura sorte não havia ninguém usando no momento, e seria a hora perfeita para tomar um demorado banho pré escola.

( ... )

Após o banho eu pego o meu uniforme e um casaco, o tempo estava fechado e logo logo iria chover.
Recolho todos os materiais que preciso incluindo os livros e desço para tomar café.

- Bom dia - falo descendo as escadas com os livros na mão, observando o meu pai na mesa lendo um jornal e a minha mãe passando o café.

- Até que enfim. - Meu pai fala sem trocar um olhar comigo, focado em seu jornal.

Coloco os livros na minha bolsa e me sento na mesa
Colocando um pouco de leite líquido em meu copo enquanto minha mãe estava trazendo o café já coado.

- Arrume outro emprego para ajudar a manter a casa, desde que seu irmão foi morar sozinho e parou de ajudar, as coisas ficaram muito pesadas para mim e o seu pai, e o pouco que você dá, não compra nem o que gastamos em um almoço e jantar. - Minha mãe fala deixando o café sobre a mesa e se sentando ao lado do meu pai, que agora está pegando uma xícara de café.

- Como assim não está ajudando? ¾ do dinheiro vai todo para as despesas da casa, não sobra praticamente nada para mim. É literalmente impossível eu procurar mais um emprego ou um que me pague melhor sendo que eu estudo metade do dia. - Falo incrédula.

O silêncio se estalou por uns 40 segundos até meu pai começar a falar.

- A sua mãe está certa, se você estiver achando ruim pegue o seu ¾ do dinheiro e arrume uma casa para morar. Faça igual ao seu irmão, mas não nos desobedeça debaixo do nosso teto pois quem manda aqui somos nós.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 20, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

LUDIBRIAROnde histórias criam vida. Descubra agora