10/10🥀
Priscila CaliariVoltamos para o hospital renovadas. Foi ótimo ter aquele momento com minha futura esposa, nós precisávamos nos reconectar como casal. Após acordarmos fomos comer uma comida deliciosa de Rosa, fizemos uma nova mala para flora, outra para nós e encontramos Lucca fazendo a nossa menina sorrir enquanto lia uma história de mais um dos seus livros.
-Mamãe pri, Cacá!!!
-Oi meu amor, como você está se sentindo? - Me aproximei da cama e beijei a sua cabecinha. Carol fez o mesmo.
-Bem, o padrinho é muito engraçado.
-Ele é sim, filha! - Confirmei e puxei Lucca para um abraço. Obrigado, irmão.
-Descobri aquilo que você me pediu. - Sussurrou baixinho de forma que só eu ouvi.
- Eu sabia do que vocês estavam precisando. - Ele mexeu as sobrancelhas e Carolyna gargalhou. Flora também deu risada mesmo sem ter noção do que se tratava, porém em seguida começou a ter ânsias de vômito. Ela não chegou a vomitar, mas toda a sua animação se foi. Ficamos com ela, lendo e depois vimos um filme na TV e ela acabou dormindo novamente.
Carol preparou o seu banho e pegou um pijama limpo que havíamos trazido de casa. Flora disse querer fazer cocô e Carolyna como mãe incrível que é aproveitou para ajudá-la já com o banho. Alguns minutos depois que elas estavam no banheiro, minha noiva saiu e após fechar a porta observei o desespero nos seus olhos.
-Tem sangue no cocô dela, amor!
[...]
Flora foi examinada e encaminhada para uma nova ultrassonografia, nós já sabíamos o que aquilo significava. Acreditei que esse momento não chegaria e agora que estávamos prestes a confirmar o transplante sentia o meu mundo desmoronar de vez. Existiam tantas questões importantes para o sucesso da operação.
Estávamos aguardando o médico terminar o exame, Carol andava de um lado para o outro, me parece orar bem baixinho, mas eu estava ouvindo tudo que ela falava. Era impressionante como ela se sentia responsável por flora, como assumiu o papel de mãe e estava nos dando toda força que precisávamos.
Eu realmente não conseguiria sem ela.
Flora foi trazida por uma enfermeira de volta ao quarto e o médico nos chamou para a sua sala. Dessa vez Carol iria comigo, ela não ficaria fora de mais nada!
-Infelizmente o que queríamos evitar será necessário. Flora precisará passar pelo transplante. O órgão está completamente comprometido, podendo entrar em falência a qualquer momento se não tomarmos uma providência.
Carol respirou fundo e demos as nossas mãos.
-Quais os próximos passos, Doutor?
-Primeiro, confirmar a compatibilidade entre órgão doado e a paciente, a maior compatibilidade acontece entre irmãos de mesmo pai e mesma mãe. Nesse caso, há 25% de chance da carga genética ser idêntica. Caso o receptor não tenha Irmãos, a melhor opção é buscar por doadores voluntários. Vocês duas, como mães são prováveis de serem compatíveis. Sendo mais provável a contabilidade na mãe que foi feita a inseminação!??
- Eu não sou a mãe dela. - respondeu respondeu derrotada e a sua tristeza doeu em mim.
-Como? - Dr. Cláudio questionou confuso.
-Carolyna não é a mãe biológica da flora. E nem eu! - Respondi tentando manter a calma.
-Eu não sabia desse detalhe, me desculpe! Enfim, qualquer parente poderá ser compatível e como eu disse, os pais sempre têm as maiores chances.
Peguei o meu celular e enviei uma mensagem para Lucca, para ele trazer, nem que fosse amarrada, a antiquerida para o hospital.
Por toda a tarde ouvimos todas as informações e recomendações médicas. Flora começaria a ser imediatamente preparada para a cirurgia e eu faria o teste de compatibilidade.
Carol ligou para seus pais e estávamos aguardando a chegada deles a qualquer momento. Estava sendo ainda pior do que eu imaginei. Precisávamos ainda falar com flora e explicar o que aconteceria.
Estava aguardando a enfermeira me buscar para realizar a coleta do sangue para o teste. Um turbilhão de pensamentos passava pela minha cabeça. Quando descobri que seria mãe, a alegria e toda a confusão que foi a gestação de flora. A minha filha é uma lutadora desde antes nascer. Teve que ser forte no útero daquela mulher desnaturada. Graças a Deus nasceu forte e saudável, e assim iniciei a maior aventura da minha vida. Ser mãe, cuidar de um bebê recém-nascido sozinha. Eu fiz pesquisas, comprei livros, assisti vídeos, tudo para aprender a ser a melhor mãe para o meu bebê.
Eu dei o melhor de mim para flora, fiz tudo que foi possível para garantir a sua felicidade, conforto, para ver a minha menina feliz. Se eu recebesse a oportunidade de voltar atrás e fazer algo diferente eu não mudaria nada.
Tudo o que passamos nos trouxe até aqui. A ligação que eu tinha com flora, o amor que nos unia era o meu bem mais valioso. Agora tínhamos Carolyna, que chegou para fortalecer ainda mais a nossa pequena família.
A enfermeira me chamou, e Carol segurou forte a minha mão.
-Eu também vou fazer o teste. - Informou confiante e o meu amor por ela aumentou, se é que isso fosse possível. Não caberia tanto amor em mim por ela.
As chances da Carol eram mínimas comparadas a minha, porém, a sua atitude só mostrava o quanto era generosa e amava a nossa menina.A minha mãe não poderia ser uma possível doadora por conta de alguns problemas de saúde e a idade avançada.
Eu seria compatível, e se por algum motivo isso desse errado, ainda tínhamos chances com Elana.
Ananda, minha irmã, estava mantendo contato conosco por chamadas de vídeos. Já havia percebido que Carol não gostava muito dela o que era compreensível, já que a minha irmā era muito distante e parecia não se importar com nenhum de nós.-Que dia longo! - Carol comentou sentando-se ao meu lado. O movimento no hospital era tranquilo, principalmente na ala em que estávamos. Como a nossa presença ali foi intensa nos últimos dias, fizemos amizade com todas as enfermeiras, médicos e funcionários. Alguém sempre aparecia com um café ou chá, e Flora era extremamente mimada e bem cuidada pela equipe médica.
Graças ao dinheiro eu tinha condições de proporcionar o melhor tratamento com os melhores especialistas do país para a minha filha. No entanto, nada disso era suficiente. Uma doença desconhecida, sem um tratamento específico, nessa horas víamos que o dinheiro não valia nada sem a saúde. Por se tratar de uma doença ainda desconhecida, flora estava sendo monitorada 24 horas e eu já tinha me disponibilizado em patroniciar pesquisas na busca por conhecimento e tratamento da Hepatite Misteriosa.
-Ele terminará com boas notícias, estou confiante.
- Eu também, tenho certeza que em breve esse pesadelo vai acabar. - Carol deitou a cabeça no meu ombro e ficamos um pouquinho em silêncio, até que o seu celular tocou.
- meus pais e Allan chegaram. Vou sair para encontrá-los lá fora tá bom amor.
Carol me deu um beijo e saiu, aproveitei para dar uma olhada em flora que estava dormindo. Ela passava a maior parte do tempo sonolenta.
Sai do quarto sem fazer barulho para aguardar a meus sogros e cunhado no corredor, quando me virei, encontrei alguém que preferia nunca mais ver na minha frente. Infelizmente a situação me obrigava.
- Elana.
-Será que você pode me explicar que palhaçada é essa Priscila? - Explodiu, falando alto no corredor com Lucca no seu encalço.
[...]
Chegou o diabo
To be continued...🌟
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Com Amor, Carolyna - CAPRI { G!P }
FanfictionCarolyna que até então, cresceu com sua família em uma grande e renomada fazenda no interior de MG, cercada pelo grande amor de sua família, que algumas vezes eram Superprotetores, no entanto, carregava consigo desde mais nova o desejo de: Conhecer...