Maya 07.05.1801, 09:00Am...
Desperto devido ao ruído persistente dos galhos que açoitam minha janela. Após acordar, ergo-me, permanecendo recolhida na cama para apreciar o melodioso trinado dos pássaros. As cortinas de linho filtram a luz matinal, tingindo o quarto com suaves tons de amarelo e branco. Em meio à atmosfera serena, reflito sobre o destino que a vida me reserva, recordando as cenas do campo de tulipas e os vislumbres furtivos da bela moça de cabelos loiros durante minhas ousadas caçadas...
Desconcentro-me de meus pensamentos ao ouvir o chamado materno, instando-me a dirigir-me ao poço próximo e buscar água.
Diálogo:
**Mãe:** "Maya, apresse-se até o poço e traga água, querida. A família necessita de sustento."
**Maya:** "Ah, mãe, como sempre a me lembrar das tarefas mundanas. Mas este coração de camponesa obedecerá ao vosso desejo."
Maya parte em direção ao poço com um resmungo discreto. O balde desce, rangendo, enquanto ela murmura consigo mesma sobre as trivialidades do cotidiano. O sol escaldante pinta sombras nos campos, e a figura da moça loira persiste em sua mente, um contraste peculiar com sua natureza mais rústica.
Percebendo uma presença atrás de si, ela prontamente empunha seu punhal ao sentir a aproximação de um homem que, possivelmente, buscava explorá-la. Maya, perspicaz e ágil, posiciona o punhal junto à garganta dele, dando início a um diálogo sobre os motivos desse encontro inusitado e por que ele estava tão próximo.
Diálogo:
**Maya:** "Quem vos permitiu a audácia de vos achegar assim, estranho? Por que flertais com a sombra de minha presença?"
**Homem:** "Oh, nobre senhora, minha intenção não era causar vexame. Apenas me encontrei perdido nestes ermos e, por acaso, em vossa companhia."
**Maya:** "Perdido, dizeis? Ou estaria a buscar sombras mais escuras em meu caminho? Não me enganareis com palavras vãs. Explicai-vos antes que este punhal revele sua língua afiada."
O homem, agora ciente da seriedade da situação, tenta justificar sua presença enquanto Maya mantém sua postura vigilante, desconfiada das intenções por trás de suas palavras.
**Homem:** "Eu pretendia fazer coisas terríveis contigo, nobre dama."
Nesse momento, Maya reage com agilidade, desferindo um chute certeiro no joelho do intruso, fê-lo cair de joelhos aos seus pés. Com firmeza, ela ergue a cabeça dele, como se seus olhos buscassem penetrar a alma do transgressor.
**Maya:** "Ousais proferir tais palavras de vileza em minha presença? Este gesto é a vossa sentença."
Após esse ato, ela adverte-o com um tom decidido, deixando claro que a repetição da ofensa não seria tolerada.
**Maya:** "Uma única advertência vos é concedida. Se vosas palavras ou intenções desonrosas cruzarem meu caminho novamente, as consequências serão ainda mais severas. Agora, retirai-vos da minha vista e aprendei a respeitar os limites que ousastes transgredir."
(...)
Maya transporta os baldes de água, conduzindo-os de volta à sua moradia. Ao chegar, entrega-os à sua mãe. Contudo, seu olhar logo se volta novamente para fora, decidindo arriscar-se mais uma vez na busca pelos olhos penetrantes da bela moça loira.
Com determinação, Maya parte para os campos, mantendo viva a esperança de encontrar novamente aquela presença que a intrigou nas sombras do passado.
Ao atravessar os arbustos novamente, Maya avista a moça loira sentada na grama, absorta na leitura de um livro. Maya observa-a com discrição, perdendo-se por um momento na cena tranquila. No entanto, sua atenção é desviada quando nota um sapo se aproximando da jovem.
Maya ouviu os gritos melindrosos da moça ao avistar o amiguinho verde. Com um sorriso travesso, Maya dirigiu-se a ela, repreendendo-a de forma leve pelo seu descontentamento com o pobre sapinho
**Maya:** "Oh, por que tanta exasperação, minha cara? O amiguinho verde não merece tantas palavras ásperas. Talvez ele apenas tenha escolhido um momento inconveniente para seu passeio.
"Maya agarrou o pequeno amigo verde, lançando-o para fora da área próxima a ela, enquanto a moça loira a observava confusa."
**Maya:** "Ah, não se preocupe, minha cara. A criatura está a salvo agora. Às vezes, até mesmo os mais singelos habitantes deste campo merecem um repouso longe de nossas querelas."
Maya lança um olhar significativo à moça loira, sugerindo que talvez a harmonia com a natureza fosse mais sábia do que a exasperação por pequenos seres verdes.
**Maya:** "Sou Maya, a caçadora destes campos. E vós, gentil dama, qual é o vosso nome?"
A moça loira, intrigada, responde:
**Moça Loira:** "Sou Aurora, uma apreciadora das letras e das flores. O que vos traz por aqui, Maya?"
**Maya:** "Confesso que fiquei surpresa com vossos gritos de pavor diante do pequeno sapo."
Aurora ri descontraidamente, corando um pouco diante da situação.
**Aurora:** "Ah, foi um susto inesperado, Maya. Acho que minha imaginação se deixou levar pelas emoções. Não devia ter reagido daquela forma tão dramática."
Aurora se apoiou em Maya. Quando Aurora virou as costas, Maya apanhou uma linda tulipa do chão, entregando-a a Aurora com um leve sorriso no rosto.
**Maya:** "Uma flor para acalmar os ânimos, gentil Aurora. As tulipas deste campo são tão encantadoras quanto a sua presença."
Aurora colocou a tulipa no meio de seu livro favorito. Ao se despedir de Maya para entrar, um sorriso iluminou seu rosto, feliz por ter conhecido uma estranha tão agradável.
**Aurora:** "Foi um prazer conhecê-la, Maya. Até breve, e obrigada pela tulipa e pelo momento agradável."
Maya observou Aurora desaparecendo diante de seus olhos naquele campo repleto de tulipas. O cenário tranquilo e a imagem da moça loira ficaram gravados em sua mente enquanto ela permanecia ali, sozinha, entre as flores dançantes...
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tulipas Além dos Limites
FanfictionAurora, filha de um casal burguês podre de ricos, exibe sua loirice e olhos verdes enquanto passa seu tempo lendo e colhendo flores. Do outro lado, temos Maya, filha de um casal simples, que prefere dedicar seu tempo livre à caça. Em uma dessas 'caç...