06. Bem-vindas a Seul

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› Capítulo seis ‹

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6 de abril de 2021

A viagem foi tranquila e até um pouco divertida. Aikyo ficou em êxtase a viagem inteira, completamente animada e empolgada para visitar outro país, cheia de expectativas para conhecer o que poderia existir além do seu território. Viajar de avião também era uma experiência muito gostosa de viver, nunca achou que poderia estar dentro de uma aeronave tão grande sendo tão pequena. Por dentro parecia ser costumeiramente comum, um espaço consideravelmente confortável o suficiente para acomodar os cinco, mas quando se pegava imaginando a proporção do tamanho daquela ‘coisa’, sentia até um friozinho na barriga.

Durante a viagem, Jeongguk se comprometeu a levá-la a mais viagens naquele jatinho, e Aikyo, claro, se empolgou com a ideia de conhecer o mundo com um avião particular voando de lá para cá. 

Enquanto a menina assentia para o Jeon com os olhos brilhantes, torcendo de dedos cruzados para que aqueles dias chegassem mais rápido, Sora por sua vez, ouvia-os atentamente, sentada na cadeira, se remexendo uma vez ou outra, mas sempre em silêncio, forçando alguns sorrisinhos quando algum par de olhos encontravam os seus. Não podia deixar de admitir que estava um pouco apreensiva com tudo aquilo e precisaria de um tempo para se adaptar mais, contudo, estava dando o seu melhor. Ver a filha sorrindo empolgada daquele jeito a motivava a continuar dando uma chance àquela nova vida.

Não estava acostumada com aqueles tipos de situação, nunca passou mais do que dois dias longe de Aikyo. Sempre foram apenas elas duas, ninguém mais fazia parte tão intimamente, nem mesmo os pais da própria Sora estavam sempre tão conectados as duas. Imaginar Aikyo passando uma noite na casa de Jeongguk já a deixava com o peito apertado, quem dirá todas as suas férias, por exemplo!

A sua bebê estaria em outro país, com um idioma diferente, com uma outra pessoa responsável por ela, em uma casa que ela não faz a menor ideia de como chegar até lá, com uma família nova que, querendo ou não, tem o sangue dela, mas que Sora sequer sabe quem são. Sabia que Mikka, Jeongguk e Jimin não eram todos, haviam mais Jeon’s. Conhecia bem a filha desenrolada e carismática que tinha, sabia que se daria bem com a grande maioria, mas essa ideia ainda parecia tão arriscada… 

Seriam tantos rostos novos, será que ela iria mesmo se adaptar a estar no meio de tantas pessoas novas sem o seu suporte? Sem o seu colo? Sem o seu acolhimento por perto? E se a tratassem mal? E se Jeongguk fosse desatento ao perceber algum momento em que ela precisasse de consolo?

E é por isso que justamente ela estava ali presente naquela primeira viagem. É como o famoso ditado que diz: “Se você não pode contra eles, então junte-se a eles”.

É claro que ela não iria em todas as viagens, mesmo que fosse a sua real vontade para estar sempre perto da filha, mas ela sabia que chegaria o tempo em que Aikyo começaria a ir sozinha. Pensar nisso lhe dava um pouco de frio na barriga e tontura, por isso preferia sempre abraçar suas preocupações ao presente, o máximo que podia.

Sora se sentia mais segura em conhecer a casa que ficaria, como seria tratada e recepcionada, quais as probabilidades de ter algum perigo por perto e passar todas as observações de cuidado para Jeongguk. Se ele quisesse mesmo trazer a menina mais vezes para o seu país, precisaria cooperar em aprender muito também. Sora não deixaria sua filha no controle dele se não tivesse alguma certeza a qual poderia agarrar de que estaria protegida sobre seus cuidados.

Por outro lado, também sabia que sua presença em um primeiro momento para a menina, que estaria em adaptação à nova realidade, seria totalmente necessária. Prestaria acolhimento, conforto e segurança em todos os momentos que ela precisasse, que como mãe, sabia que sua menina iria precisar.

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⏰ Última atualização: Jan 16 ⏰

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