• Capítulo XXXVI •

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"Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer

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"Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer."

- Mario Quintana

Depois de alguns segundos olhando de cima a baixo o Alemão, o moleque olha para sua tia, sentada ao lado dele, que esperava a sua reação, assim como Alex, em pé a poucos centímetros deles. O menino parece ser observador e atento, bem esperto para a sua idade e muito direto também, lembra muito ao Oskar mais novo. Então o mesmo pergunta já sem paciência, encarando Hades em sua frente.

- O gato comeu tua língua, ou você não tem nada a dizer?

Arqueando a sobrancelha ele cruza os braços observando o garoto em sua frente, que dá de ombros, indo logo depois se jogar no sofá, sem responder o loiro. Ele iria falar algo, mas Alexandre o impede, gesticulando com o dedo indicador um 'não', enquanto Mel ria da cena.

- Você está brincando com fogo, ele parece ser pior que você quando mais novo.

- Eu me atrevo a dizer que ele te supera na criatividade de tortura.

Melissa fala apontando para Hades, e então o loiro aponta para ele e depois para o menino, repetidamente, encarando a mafiosa, incrédulo com sua palavras, e então ambos se surpreendem com as palavras sem muita empolgação do menino que observa o alemão.

- Tia, ele não me parece ser grande coisa.

- Sério?! Viu isso com dois minutos de observação? Você sabe que quem inventou a prática da tortura com veneno fui eu, né? O da cabine de fogo, queda falsa, ou o do bolo...

- Bolo não! Porra, Oskar, não me faça vomitar.

Alexandre o impede continuar só colocar a mão na boca, se negando a lembrar das táticas absurdas do amigo de tortura, sendo que aquela é a pior. Nem mesmo Melissa gosta de lembrar comentando também, e quando o menino fica curioso, ambos, Mel e Alex falam juntos.

- O bolo é o pior.

- Qual...

- NÃO PERGUNTA!

- Vai por mim, você não vai querer saber. - Melissa fala ao rir, esfregando o rosto sem querer recordar lembranças da última vez que o loiro sorridente ao seu lado usou a tática do tal bolo, e volta a apontar para o alemão, enquanto Alex concorda com a cabeça. - Esse filho da puta é doido! Dá alguém para ele torturar é como levar criança no parquinho, nunca vi ele tão alegre como ele fica na sala de tortura, os gritos são como música para ele, nem eu sou tão sádica assim. Nem sei como o Félix aguenta.

- Tivemos momentos ótimos naquela sala.

O loiro sorri malicioso ao esfregar um pouco a lateral de sua barba, enquanto seus amigos reclamam de suas ideias irracionais de sexo.

- Prefiro não imaginar.

- Nos poupe.

- Fala a mulher que transou com a esposa depois de matar uma equipe inteira da SWAT.

A Felicidade em Meio a SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora