— Fumante, Malfoy?
Um moreno de olhos verdes flamejantes e cabelos ridiculamente bagunçados, perguntou se aproximando cautelosamente de mim, como se a qualquer momento eu fosse o lançar um crucius por dirigir a palavra a mim.
Bem, não é como se eu não achasse essa uma ótima idéia.
— Preocupado com meus pulmões, testa rachada? Não sabia que você gostaria de se tornar curandeiro. Por que não treinar suas possíveis falas profissionais o mais longe possível de mim?
Harry fez careta.
— Não estou preocupado, estou levemente intrigado. Eu não tinha conhecimento de que era permitido fumar aos arredores da escola.
— E não é, mas não acho que alguém se importe. Há muitas mais coisas para se preocupar além de um adolescente usando drogas, como, por exemplo, um maníaco assassino a solta.
Dei mais um trago e senti a fumaça invadir meus pulmões dolorosamente.
Harry revirou os olhos, um gesto irritantemente interessante, enquanto cruzava os braços.
— O incrível é que o maníaco assassino do qual você me lembrou gentilmente, é basicamente seu chefe. Estou certo?
— Me dê um segundo, Potter. Eu não estou chapado o suficiente para ter essa conversa ainda.
— Ficar chapado não vai resolver os seus problemas, Draco.
— De fato, mas eu prefiro tentar a sorte.
Harry se sentou ao meu lado no chão de pedra, tomou o pequeno embrulho em chamas
das minhas mãos e, contra todas as possibilidades possíveis, tragou profundamente.Sorri interiormente e peguei a garrafa de whisky ao meu lado, dei um grande gole esperando por sua reação que, aos meus olhos, seria hilária.
E como o esperado, cinco segundos depois da primeira tragada, ele estava tossindo desesperadamente colocando uma de suas mãos na garganta como se estivesse engasgado.
— O que porra é isso?! — Harry indignou-se — é algum tipo de veneno faiscante?
— Basicamente. — Eu disse simples. — se nomeia maconha, Harry. Eu diria que é bem utilizado pela sociedade.
— Por algum acaso você está tentando se matar? Porque isso pode ser um problema.
— Você chama isso de problema, meu anjo. Porém eu chamo de solução.
— Você tem soluções estranhas para os seus problemas.
Harry indagou e casualmente abraçou os joelhos, ficando torto e me causando uma enorme vontade de levantar e começar a chutá-lo.
— O que faz aqui, afinal? — Julguei que perguntar era melhor que meu pensamento anterior. — Já está com saudades, Potti? Eu imaginei que a noite passada tinha sido o bastante para se cansar da minha presença.
— Não me envolva nos teus pensamentos obscuros, Malfoy.
— Não te ouvi reclamando.
— Cala a boca e fuma.
Disse o cicatriz raivoso, se virando para me fuzilar com seus lindos olhos.
Aproximei nossos rostos e dei uma tragada.
— Pensei que ficar chapado não resolveria meus problemas. — O provoquei, encurtando a pouca distância entre nossos lábios e soltando toda fumaça existente em meus pulmões.
— Você é inacreditável.
Harry revidou com um sorriso sarcástico.
— E você gosta.
Sorri de volta.
— Talvez.
Ele respondeu colocando as mãos em meu cabelo.
Com nossos lábios se encostando, meu olhar encontra o dele, ele sorri e olha para minha boca, levando a ponta da língua ao meu lábio inferior, lambe e em seguida chupa meus lábios com avidez.
E quando vou fechar meus olhos para iniciar um ósculo lento e deliciosamente perfeito, ele se afasta e solta uma gargalhada maldosa.
— Ache uma solução para esse problema agora, Malfoy. — Ele disse baixo apontando para minhas calças. — Não acho que fumar o resolveria.
Merda.
— Você é uma peste, garoto.
— Talvez.
E assim ele vai embora rindo gostosamente.
E eu preciso encontrar alguma solução para esse problema.
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Fumante, Malfoy?
Fanfiction- Você é uma peste, garoto. - Talvez. Curta-metragem para vocês, bem pequena mas gostosinha de ler.