Um conto de Natal

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Olá filhotes beleza!?
Saí um pouquinho da minha folga pra trazer um conto de Natal pra vocês e espero que gostem. Quem sabe num futuro eu não de a louca e resolva desenvolver isso aqui numa fic com mais capítulos... Nunca se sabe.

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A noite de natal era sempre fria e solitária. Sua família comemorava e ele só queria sumir dali. Era assim todo ano, não seria diferente esse ano também.

Sempre as mesmas perguntas: Já se formou Wei Ying? Como vai no seu emprego de meio período? Já deixou de ser uma peste incorrigível? E os namorados? Um ômega sem um alfa não é ninguém.

Ele preferia ser um ninguém pois justamente não queria ninguém. Não queria porque os julgamentos sempre vinham. Seus pais também não facilitavam para ele e naquela noite as piadas começaram por eles.

“Seus primos estão estudando no exterior”

“Sua prima YanLi se forma em breve já com emprego de relações exteriores”

“Ele não faz nada direito!”

O ômega de vinte anos simplesmente suspirou e sem falar absolutamente nada, saiu. Virou as costas e saiu, tomando o cuidado de pegar um casaco e seus patins pretos no armário da entrada da casa antes de sair.

Estava tão frio lá fora, que suas bochechas chegavam a arder, mas ele caminhou por cinco quadras até o rink de paginação que havia na praça de sua cidade. Ele iria passar a noite patinando, iria passar a noite sob os flocos diminutos de neve que rodopiavam e se prenderiam em seus cabelos, se ele estivesse sem touca.

Wei Wuxian se sentou num banco protegido por uma guarita e pôs seus patins ainda com as palavras e o deboche de seus próprios pais pairando sobre ele e voltou a si ao ouvir o som de uma lâmina arranhando o gelo.

O ômega amarrou os seus patins de forma lenta e um tanto frustrado. Queria ficar sozinho, mas aparentemente, alguém ou alguéns estava no rink. Ele resolveu não dar importância, a pista era grande e ele ficaria bem em uma das pontas sozinho, dando giros enquanto sua mente vagava por seus sonhos que estavam longe de serem realizados, mas que pensar neles lhe davam paz.

Ele entrou no rink e percebeu que só havia uma pessoa. Alguém que usava casaco vermelho, calça branca, assim como os patins, os cabelos compridos soltos. Ele não usava uma touca, mas tinha protetores brancos sobre as orelhas e simplesmente bailava sobre aquele gelo maltratado depois de um dia inteiro de crianças patinando.

O outro parou de frente para ele após um giro e abriu os olhos e Wei Wuxian sentiu a batida dupla do seu coração "badum" quando seus olhares de cruzaram. Os olhos dele eram incomuns. Mesmo naquela iluminação não muito boa do rink, ele podia ver o dourado neles. O coração dele deu mais uma batida dupla forte quando o outro ergueu a mão e acenou com a mão enluvada. Wei Ying levou trinta segundos para processar e outro já ia se virar quando ele correspondeu o aceno e o viu se aproximar.

_Oi. Boa noite. Eu sou novo aqui no bairro. Me mudei hoje... A minha casa está um caos de caixas e mais caixas e toda aquela desordem estava fazendo meu cérebro entrar em pane, eu vim patinar aqui para espairecer... Não sei se é permitido à todos.

_Boa noite. Sim. É permitido.
_Lan WangJi. – falou o outro estendendo a mão.

_Wei Wuxian. O que faz nesse fim de mundo em plena véspera de natal?

_O fim de mundo tem uma das melhores faculdades de história para eu fazer o meu mestrado.

_Mestrado...? – perguntou Wuxian meio frustrado. Com certeza aquele seria mais um para o julgar de um jeito arrogante por ele ter repetido o período na faculdade.

Um conto de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora